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Fundação do Câncer convoca profissionais de saúde, especialistas, acadêmicos, pesquisadores e a sociedade civil para consulta pública sobre teste molecular para detecção do HPV. Prazo termina dia 17 de janeiro

Fundação do Câncer convoca profissionais de saúde, especialistas, acadêmicos, pesquisadores e a sociedade civil para consulta pública sobre teste molecular para detecção do HPV. Prazo termina dia 17 de janeiro

Um avanço no combate ao câncer do colo do útero foi alcançado com a abertura da consulta pública pelo Ministério da Saúde sobre a incorporação do teste molecular para detecção do HPV (Papilomavírus Humano) no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa decisão veio após a obtenção de parecer preliminar favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). As contribuições podem ser enviadas até o próximo dia 17, através da plataforma Participa + Brasil.

Uma das estratégias preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a erradicação do câncer do colo do útero é que 70% das mulheres em todo o mundo sejam submetidas regularmente a um teste de alto desempenho, como o teste molecular para detecção do HPV. Diversos estudos científicos corroboram que o rastreamento com testes moleculares é mais eficiente na identificação de lesões precursoras desse tipo de câncer. Atualmente, o método recomendado no Brasil para o rastreamento do câncer do colo do útero é a citologia, conhecida como teste de Papanicolau.

Flávia Miranda Corrêa, consultora médica da Fundação do Câncer, ressalta que o teste molecular possui maior sensibilidade e interpretação precisa. “Entre as vantagens estão o aumento da idade de início, maior intervalo entre os exames, maior detecção de lesões precursoras e câncer em estágio inicial e, principalmente, menor custo do tratamento, tornando o programa de rastreamento mais eficiente, mas apenas se houver adesão às recomendações, o que só ocorre no modelo organizado de base populacional.” Como foi apontado no levantamento elaborado pela Fundação do Câncer “Um Olhar sobre o Diagnóstico do Câncer do Colo do Útero no Brasil” há desigualdades e gastos desnecessários. Um exemplo é a constatação de que 21,4% das mulheres submetidas ao exame estão fora da faixa etária recomendada (25 a 64 anos), indicando uma falta de adesão às diretrizes do Ministério da Saúde.

Para a especialista, que é doutora em Saúde Coletiva da Criança e da Mulher pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), a implementação do teste molecular pode representar uma mudança significativa na abordagem preventiva, aliviando não apenas o sistema de saúde, mas melhorando a qualidade de vida das mulheres. “O novo método além de ser mais custo-efetivo, antecipa, em quase uma década, o acompanhamento e o tratamento dos casos de câncer. No mês marcado pela conscientização sobre o câncer do colo do útero, o chamado “Janeiro Verde”, conclamamos toda comunidade a contribuir para a consulta pública a fim de incorporar o exame no SUS”, recomenda.

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o câncer do colo do útero é uma doença evitável, embora apresente alta incidência e mortalidade. No Brasil, é o terceiro tipo de câncer mais frequente e a quarta causa de óbito por câncer entre as mulheres, especialmente as negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

Para participar da consulta pública é necessário preencher os dados e responder às questões sobre ser favorável ou contra a adoção do novo exame pelo SUS. O link da Consulta Pública Conitec/SECTICS nº 65/2023.

Fundação do Câncer apoia o 22º Encontro da Associação Brasileira de Registro de Câncer

Fundação do Câncer apoia o 22º Encontro da Associação Brasileira de Registro de Câncer

Reafirmando seu compromisso em auxiliar iniciativas que contribuam para a qualidade das informações sobre câncer, a Fundação do Câncer participa, como apoiadora, do 22º Encontro Nacional de Registradores de Câncer. O evento, promovido pela Associação Brasileira de Registro de Câncer (ABRC), é gratuito e acontecerá de 29 de novembro a 1º de dezembro, em formato híbrido, na sede do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro.

O objetivo do encontro é promover a troca de conhecimentos e experiências relacionadas aos registros de câncer, fundamentais para a coleta, armazenamento, processamento, análise e divulgação de informações sobre pacientes com diagnóstico confirmado de câncer. Segundo a organização do evento, a implantação e manutenção dos Registros de Câncer exigem treinamento especializado para garantir a qualidade e precisão dos dados.

As conferências e mesas redondas abordarão temas que incluem a qualidade e utilização das informações para vigilância de câncer; estratégias para qualificar as informações sobre câncer; novos desafios para registros de câncer e registradores; as estratégias para integrar e promover a troca de experiências entre Registros Hospitalares de Câncer e Registros de Câncer de Base Populacional; e a valorização da atividade de registrador como ocupação reconhecida oficialmente. Além da programação científica, acontecerá também a premiação dos trabalhos submetidos na categoria pôster. Serão entregues certificados para os três melhores trabalhos enviados.

Dentre os palestrantes convidados está Marion Piñeiros, representante do Hub Latino-americano da Iniciativa Global para o Desenvolvimento dos Registros de Câncer da IARC (International Agency for Research on Cancer), que compartilhará sua experiência em epidemiologia e qualidade da informação. O evento contará também com a participação do Dr. Michel P. Coleman, que é professor de epidemiologia da London School of Hygiene and Tropical Medicine, além de ser o pesquisador responsável pelo projeto CONCORD, referência em análise de sobrevida do câncer com base nos registros de câncer de base populacional de diversos locais no mundo.

Para a bióloga Rejane Reis, epidemiologista da Fundação do Câncer e integrante da diretoria científica da ABRC, esse evento é muito importante não só para consolidar cada vez mais a causa Registro de Câncer, mas também trazer novas perspectivas de utilização das informações e oportunidade de trocas de experiências entre os profissionais envolvidos com o tema, principalmente os registradores, que são os responsáveis por toda a coleta das informações. “Estamos orgulhosos em poder contribuir para esse encontro, que reúne especialistas tão importantes no controle do câncer. A qualificação das informações sobre o câncer é essencial para a gestão pública e o enfrentamento da doença”, destaca.

Para mais informações sobre inscrições e programação acesse o site http://www.abrc.org.br .

NOTA DE PESAR

NOTA DE PESAR

É com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento de MARCELI DE OLIVEIRA SANTOS, cujo comprometimento e paixão pelo trabalho de registros de câncer no Brasil foram inspiradores para todos nós.

Ao longo dos anos, ela desempenhou importante papel no avanço desta missão, deixando um legado de impacto positivo. Sua dedicação e habilidades fizeram dela uma figura inesquecível nas instituições parceiras em que trabalhou.

Neste momento, nossos corações estão com sua família e amigos mais próximos. Que eles encontrem conforto na certeza de que sua passagem por nossas vidas foi significativa e transformadora.

Descanse em paz, Marceli.

Fundação do Câncer apoia projeto que resgata autoestima de pacientes oncológicos

Fundação do Câncer apoia projeto que resgata autoestima de pacientes oncológicos

Pacientes oncológicos e portadores de doenças crônicas poderão se inscrever para realização de micropigmentação paramédica na maior convenção de tatuagem do mundo, a Tattoo Week. Trata-se de uma ação social promovida pelos organizadores do evento em parceria com a Tattoo do Bem, o Projeto Arte com Paixão e que conta com o apoio da Fundação do Câncer. Entre as tatuagens ofertadas estão as de reconstrução de auréola em pacientes que tiveram câncer de mama.

“A Fundação do Câncer apoia iniciativas como essa, que têm como foco o resgate da autoestima do paciente oncológico. Isso porque a Sociedade Brasileira de Mastologia aponta que 70% das mulheres que passam por um câncer de mama precisam realizar a mastectomia, cirurgia de retirada das mamas, que deixa cicatriz. Para a realização da micropigmentação paramédica, é preciso esperar que todo processo de cicatrização seja concluído e, além disso, é indispensável consultar o médico antes” declara Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação.

Serão realizados gratuitamente cerca de 80 procedimentos de micropigmentação de sobrancelhas para pacientes que foram submetidos à quimioterapia e perderam os pelos da região e 20 tatuagens para reconstrução de aréola. Além disso, serão doadas 100 tatuagens de segurança (com informações sobre a condição de saúde da pessoa) para pacientes com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. As inscrições para realização do procedimento podem ser feitas através do site do evento. A convenção acontece de 20 a 22 de janeiro, no Espaço Mag (RJ), antigo Centro de Convenções SulAmérica.

Divulgados os vencedores da 2ª edição do Prêmio Marcos Moraes

Divulgados os vencedores da 2ª edição do Prêmio Marcos Moraes

A Fundação do Câncer acaba de divulgar os vencedores das três categorias do Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer – edição 2022. O anúncio foi feito durante a abertura do 10º Simpósio Internacional Oncoclínicas e Dana-Farber Cancer Institute, em cerimônia transmitida on-line.

A edição 2022 do Prêmio Marcos Moraes contou com 44 inscrições de pesquisadores oriundos de 13 estados brasileiros, ligados a instituições públicas e também à iniciativa privada. Os vencedores em cada categoria receberão um prêmio de R $10 mil, além de medalhas e certificados. “Mais uma vez estamos felizes em premiar pessoas e instituições que trabalham pela saúde e desenvolvem ações para o controle do câncer, buscando inovação e soluções para pacientes. Parabéns a todos que participaram, em especial aos vencedores deste ano”, destacou o diretor-executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni.

O discurso de abertura do evento coube ao presidente do Instituto Oncoclínicas, Carlos Gil, que agradeceu a parceria com a Fundação do Câncer. Em seguida, Luiz Augusto Maltoni relembrou homenageado, que dá nome ao prêmio. “Mais uma vez, homenageamos Marcos Moraes e toda a sua contribuição para o controle do câncer, reconhecendo aqueles que trabalham em oncologia”, destacou. A pesquisadora da Fundação do Câncer, Yammê Portella, anunciou, então os vencedores desta edição do Prêmio.

A ganhadora na categoria “Iniciativas para o Controle do Câncer”, Luiza Abdo, agradeceu a organização do Prêmio Marcos Moraes, e afirmou que essas iniciativas incentivam os pesquisadores brasileiros a seguir fazendo ciência de qualidade e “nos faz sentir recompensados e estimulados para continuarmos lutando por um Brasil mais justo”. Feliz com o primeiro lugar, ela explicou que seu trabalho, principalmente com as conhecidas Car-T, e comemorou os resultados. “Nossa proposta pode ser uma alternativa viável, de menor custo para essa terapia tão eficaz, que pode gerar um impacto positivo para a população, principalmente em países em desenvolvimento”, finalizou.

Vencedora na categoria “inovação em Cuidados Paliativos”, Livia Costa, autora do trabalho intitulado “Terapia Nutricional Enteral em pacientes em cuidados paliativos oncológicos: ferramenta para indicação em prol da melhor relação custo benefício em desfechos nutricionais, funcionais e clínicos” explicou um pouco da proposta de seu trabalho. A nutricionista disse que, com o trabalho, espera “contribuir na construção de informações científicas que embasem a uniformização dos protocolos de assistência, com critérios específicos para a recomendação da terapia nutricional enteral que corroborem, para que tenhamos a melhor relação custo benefício no cuidado do paciente em cuidado paliativo oncológico por meio dessa terapia”. Em seu discurso, ela lembrou ainda do protagonismo exercido pelo Dr. Marcos Moraes no desenvolvimento do cuidado paliativo e agradeceu a oportunidade e iniciativa da Fundação do Câncer.

Alex Rodrigues Moura, um dos autores do trabalho “Utilização de geoprocessamento na distribuição espacial de incidência e mortalidade por câncer colorretal em Sergipe e em sua capital”, vencedor na categoria “Inovação em Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer” ressaltou a importância do legado de Marcos Moraes. “Essa parceria entre a Fundação do Câncer e o Instituto Oncoclínicas perpetua o que o Dr. Marcos Moraes sempre quis e lutou arduamente, que é investir na humanização da Medicina, aproximando os médicos dos pacientes e, desta forma, transformando a sociedade em uma forte aliada nossa”. Segundo ele, os autores foram motivados a produzir o trabalho científico por conta do aumento da procura de pacientes com câncer colorretal no Ambulatório de Coloproctologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe e da piora na qualidade de vida deles. Alex comemorou o primeiro lugar e de acordo com ele, a participação na premiação “permite, enquanto menor estado do país, mostrar a capacidade de realização de trabalhos inovadores, utilizando tecnologia de ponta e podendo gerar em um futuro próximo, um impacto sobre o câncer colorretal”

O diretor-executivo da Fundação encerrou a cerimônia com um convite aos pesquisadores. “Parabéns novamente aos que participaram. Inscrevam-se no ano que vem, na edição de 2023 do Prêmio Marcos Moraes”, concluiu Maltoni.

Conheça a classificação final de cada categoria:

Iniciativas para o Controle do Câncer

1º lugar: Luiza Abdo, Luciana Rodrigues Carvalho Barros, Mariana Duarte, Luísa Marques, Priscila Souza, Leonardo Chicaybam, Martin Bonamino
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro
Trabalho: Desenvolvimento da abordagem Point-of-Care para terapia com células CAR-T em LLA

2º lugar: Natalia Inada, Welington Lombardi, Renata Belotto, Cynthia De Castro, Mirian Stringasci, Hilde Buzzá, Cristina Kurachi, Vanderlei Salvador Bagnato
Instituição: Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo
Trabalho: Tratando Neoplasias Intraepiteliais Cervicais de Alto Grau (2/3) e diminuindo a carga viral por Terapia Fotodinâmica.

3º lugar: Bruno Lopes, Caroline Poubel, Cristiane Esteves, Mariana Boroni, Mariana Emerenciano
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro
Trabalho: Novas opções terapêuticas e de diagnóstico para leucemias agudas com rearranjo no gene KMT2A

Inovação em Cuidados Paliativos

1º lugar: Livia Costa Oliveira, Karla Santos da Costa Rosa
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro
Trabalho: Terapia Nutricional Enteral em pacientes em cuidados paliativos oncológicos: ferramenta para indicação em prol da melhor relação custo / benefício em desfechos nutricionais, funcionais e clínicos

2º lugar: Luciana Stahel-Lage, Lísia Daltro Borges Alves, Ana Carolina dos Santos Menezes, Hélinton Spíndola Antunes
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro
Trabalho: Perfil epidemiológico de pacientes reabilitados com próteses bucomaxilofaciais em um centro de referência em oncologia brasileiro: um corte transversal

3º lugar: Livia Costa Oliveira, Karla Santos da Costa Rosa, Anke Bergmann, Luiz Claudio Santos Thuler
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro
Trabalho: Tendência temporal e fatores associados ao diagnóstico de câncer metastático em pacientes atendidos em centros hospitalares do Brasil ao longo de duas décadas

Inovação em Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer

1º lugar: Mayara Lopes, Alex Rodrigues Moura, Carlos Anselmo Lima
Instituição: Universidade Federal de Sergipe – Sergipe
Trabalho: Utilização de geoprocessamento na distribuição espacial de incidência e mortalidade por câncer colorretal em Sergipe e em sua capital

2º lugar: Francine Fischer-Sgrott, Glauco Baiocchi, Jaqueline Munaretto Baiocchi
Instituição: Universidade do Vale do Itajaí, Fundação Antônio Prudente (FAP), Universidade Federal de São Paulo – Santa Catarina, São Paulo
Trabalho: Fotobiomodulação na radiodermite no câncer de mama

3º lugar: André Szklo, Tania Cavalcante, Neilane Bertoni, Mirian Carvalho de Souza
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro
Trabalho: “Desnormalização do uso de tabaco em casa”: a contribuição da proibição de fumar em ambientes fechados de trabalho no Brasil