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Estômago

Os tumores malignos do estômago também são chamados de câncer gástrico e se apresentam em três tipos: adenocarcinomas (responsáveis por 95% dos casos), linfomas (3% dos casos) e leiomiossarcomas (tumor muito raro, sem estimativa da incidência).

Para o Brasil, estimam-se, para cada ano do triênio 2020-2022, 13.360 casos novos de câncer de estômago entre homens e 7.870 nas mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 12,81 a cada 100 mil homens e 7,34 para cada 100 mil mulheres.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de estômago em homens é o segundo mais frequente na Região Norte (11,75/100 mil), seguido pela Região Nordeste (10,63/100 mil) ocupando a terceira posição. Nas Regiões Sul (16,02/100 mil), Sudeste (13,99/100 mil) e Centro-Oeste (9,38/100 mil) é o quarto mais frequente. Para as mulheres, é o quinto mais frequente nas Regiões Sul (9,15/100 mil) e Norte (6,03/100 mil). Nas demais Regiões, Centro-Oeste (6,71/100 mil) e Nordeste (7,03/100 mil), ocupa a sexta posição. Seguido pela Região Sudeste (7,30/100 mil) ocupando a sétima posição.

Como não há sintomas específicos, principalmente nas fases iniciais, grande parte dos casos de câncer de estômago é diagnosticada em estado avançado. No entanto, deve-se ficar atento a perda de peso e de apetite, sensação de estômago cheio, vômito, náusea e desconforto abdominal. Esses sinais são comuns também em casos de úlcera e gastrite e podem não ser indicação de existência de tumores.
Nos casos mais avançados, podem ser observados massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do tamanho do fígado, íngua na área inferior esquerda do pescoço e nódulos ao redor do umbigo. O vômito com sangue ocorre de 10 a 15% dos casos. Sangue nas fezes, fezes escurecidas, pastosas e com cheiro muito forte também são sinais da doença.

Uma dieta balanceada, composta por vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras, é uma forma de se prevenir, já que possuem vitaminas C e A, que protegem o organismo contra o câncer de estômago. É imprescindível não fumar e não exagerar no consumo de bebida alcoólica.
O alto consumo de alimentos defumados, enlatados, com corantes ou conservados em sal são fatores de risco para o câncer de estômago, assim como alimentação pobre em carnes e peixes. Algumas doenças como anemia, gastrite atrófica, metaplasia intestinal e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori)podem ter associação com o tumor de estômago. No entanto, uma lesão precancerosa pode levar até 20 anos para se tornar um câncer.
Os fumantes que consomem bebida alcoólica ou que já tenham operado o estômago são mais propensos a desenvolver câncer de estômago, assim como pessoas com história da doença na família.

Dois exames são capazes de diagnosticar o câncer de estômago: endoscopia digestiva alta e exame radiológico contrastado do estômago.
A endoscopia digestiva alta é o método mais eficiente, permite a visualização da lesão, a realização de biópsias e a avaliação da doença. Um tubo flexível de fibra ótica ou uma microcâmera é introduzido pela boca e conduzido até o estômago. O paciente é sedado e tem a garganta anestesiada para diminuir o desconforto.
Na radiografia contrastada do estômago, através de raios-x, o médico procura por áreas anormais no interior do esôfago e estômago.

A principal forma de tratamento é a retirada cirúrgica de parte ou todo o estômago e dos nódulos linfáticos próximos. A radioterapia e a quimioterapia são tratamentos secundários.

Fontes: consultores médicos da Fundação do Câncer e Instituto Nacional de Câncer (Inca).
As informações apresentadas não substituem a orientação e avaliação personalizada do profissional de saúde de sua confiança – médico ou dentista.

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