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Colo do Útero

Também conhecido como cervical, o câncer de colo do útero é originado da infecção genital persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), transmitido em relações sexuais sem proteção. Na maioria das vezes, a infecção pelo HPV não causa câncer. Em alguns casos, no entanto, podem ocorrer alterações celulares que acabam desencadeando a doença ao longo de décadas.

O número de casos novos de câncer do colo do útero esperados para o Brasil, para cada ano do triênio 2020-2022, será de 16.590, com um risco estimado de 15,43 casos a cada 100 mil mulheres.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o segundo mais incidente nas Regiões Norte (21,20/100 mil), Nordeste (17,62/100 mil) e Centro-Oeste (15,92/100 mil). Já na Região Sul (17,48/100 mil), ocupa a quarta posição e, na Região Sudeste (12,01/100 mil), a quinta posição.

A doença pode se desenvolver sem sintomas em sua fase inicial. Em quadros mais avançados, pode ocorrer sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

Em 2014, a rede de saúde pública (SUS) passou a disponibilizar vacina contra HPV para meninas de 11 a 13 anos. A partir de 2017, a vacina passou a ser disponibilizada para para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos pelo Ministério da Saúde.

O vírus é responsável por 95% dos casos de câncer de colo do útero no Brasil. A vacina previne contra quatro tipos do HPV (6, 11, 16 e 18) e deve ser aplicada em três doses (a segunda seis meses após a primeira, e a terceira, cinco anos mais tarde). Os tipos 16 e 18 respondem por 70% dos casos da doença. A partir de 2015, começou também a ser oferecida para meninas de 9 a 11 anos.

A vacina também pode ser adquirida por jovens de outras idades e adultas em clínicas particulares. A vantagem máxima da imunização é conferida à população feminina que não teve atividade sexual. A adoção das vacinas anti-HPV não substitui o rastreamento pelo exame preventivo na fase adulta nem o uso da camisinha.

O início precoce da atividade sexual e a variedade de parceiros são alguns dos principais fatores de risco, já que a infecção pelo HPV é a principal causa para o aparecimento desse tipo de tumor. Deve-se evitar também o tabagismo e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais. O uso de camisinha protege parcialmente o contágio, que também pode ocorrer através do contato com a pele da vulva, regiões perineal, (situada entre a vulva e o ânus na mulher, e entre o escroto e o ânus no homem), perianal (em volta do ânus) e bolsa escrotal.

As lesões que antecedem o aparecimento do câncer de colo do útero, chamadas de precursoras, podem ser detectadas através do exame preventivo (Papanicolau). Esta fase inicial da doença é assintomática e as chances de cura são de 100%.
Toda mulher que tem ou já teve vida sexual e com idade entre 25 e 64 anos deve fazer o exame de Papanicolau. Os dois primeiros devem ser realizados anualmente. Caso os resultados sejam negativos, os demais podem ser feitos a cada três anos se os resultados estiverem normais.
O exame de Papanicolau pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública e sua realização periódica permite reduzir a mortalidade pela doença. Ele é indolor, simples e rápido.

Como é feito o exame
• Para a coleta do material, é introduzido um instrumento chamado espéculo na vagina (conhecido popularmente como “bico de pato”, devido ao seu formato).
• O profissional faz a inspeção visual do interior da vagina e do colo do útero.
• Na sequência, o profissional retira o material necessário para o exame na superfície externa e interna do colo do útero com uma espátula de madeira e uma escovinha.
• As células colhidas são colocadas numa lâmina para análise em laboratório especializado em citopatologia.

Os tratamentos mais comuns são a cirurgia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estado da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos.

Fontes: consultores médicos da Fundação do Câncer e Instituto Nacional de Câncer (Inca).
As informações apresentadas não substituem a orientação e avaliação personalizada do profissional de saúde de sua confiança – médico ou dentista.

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