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Tecnologia em Saúde

O funcionamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e a execução do Programa Nacional de Controle do Câncer, coordenado pelo Instituto, demandam um forte aparato tecnológico. A Fundação do Câncer desenvolveu projetos de sistemas que consolidam os dados existentes sobre a doença e também ferramentas para melhorar a assistência, conferindo mais agilidade no atendimento aos pacientes.

Entre os principais investimentos realizados estão a compra do software Business Inteligence (BI) e a aquisição dos direitos patrimoniais de um sistema de administração hospitalar. Atualmente, para contribuir com a boa performance de mais de cem sistemas, uma equipe de cerca de 30 analistas, mantida pela Fundação, presta serviços para o Inca.

A área de informática ganhou impulso, a partir de 1997, quando a Fundação promoveu a profissionalização dos recursos humanos, contratando gestores para atuarem nas áreas-chave da instituição. No campo de Tecnologia da Informação, a meta era implementar ferramentas para dar suporte aos grandes pilares do Inca: assistência, pesquisa, ensino e prevenção.

O primeiro grande projeto teve início naquele ano, com objetivo de integrar a área de assistência. Um sistema reuniu desde o agendamento e a realização de consultas e de exames, os prontuários eletrônicos as internações, até os medicamentos consumidos por cada paciente, centralizando o controle de toda a movimentação dos hospitais. Na passagem para o ano 2000, um software gerencial (ERP) foi adquirido e integrado ao sistema hospitalar, possibilitando o controle de almoxarifado, patrimônio e fluxo de compras, além da disponibilização de relatórios contábeis e de compras, entre outras facilidades.

Um grande avanço também foi o desenvolvimento dos sistemas relativos aos transplantes de medula óssea no Brasil, com automação total do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e do Registro Nacional dos Receptores de Medula Óssea (Rereme).

Outra melhoria na área assistencial foi a digitalização de todas a imagens de tomografia computadorizada, de ressonância magnética e de raios X. A iniciativa possibilitou aos médicos acesso aos exames em qualquer unidade do Inca, ou até mesmo em suas residências, gerando agilidade e economia.

Na área de vigilância epidemiológica, foram desenvolvidos, em parceria com o Departamento de Informática do SUS (Datasus), o Siscolo (2001) e o Sismama (2006), para o registro das ocorrências e da evolução dos cânceres de colo de útero e de mama, respectivamente. Além deles, foram criados o Registro Hospitalar de Câncer e o Registro de Câncer de Base Populacional.

Na área de pesquisa, destaca-se a criação de um programa de gerenciamento do Banco Nacional de Tumores (BNT), importante ferramenta de estudo, reunindo dados vinculados a amostras tumorais coletadas de pacientes. Em 2007, o aplicativo foi considerado o melhor do mundo, em sua categoria, no encontro anual promovido pela International Society for Biological and Environmental Repositories (ISBER).

Na área de cuidados paliativos, um software desenvolvido permite que as equipes de atendimento domiciliar a pacientes fora das possibilidades terapêuticas tenham acesso direto e online ao sistema do Inca, por meio de um smartphone. Médicos e enfermeiros não só visualizam o prontuário do paciente, mas também atualizam os dados, em tempo real. A aplicação foi eleita, em 2009, a melhor na área de saúde pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro).

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