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Fundação do Câncer comenta decisão do Ministério da Saúde sobre dose única da vacina contra HPV

Fundação do Câncer comenta decisão do Ministério da Saúde sobre dose única da vacina contra HPV

A Fundação do Câncer celebra decisão do Ministério da Saúde sobre a recomendação de dose única da vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano). “Esta medida, baseada na orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), demonstra um compromisso do Brasil com a eliminação do câncer do colo do útero e outras doenças relacionadas ao vírus”, comenta Flávia Miranda Corrêa, consultora médica da Fundação do Câncer.

A Fundação sempre esteve engajada no controle do câncer do colo do útero e já vinha defendendo a simplificação do esquema vacinal em seus posicionamentos, ações e campanhas nas redes sociais. “Diversos estudos já comprovaram que apenas uma dose do imunizante é eficaz para proteger meninos e meninas. Este anúncio do Ministério da Saúde prova que nossa instituição sempre esteve alinhada com a estratégia global da OMS para eliminação do câncer do colo do útero”, destaca Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação do Câncer.

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível e está associada a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero. Segundo o Ministério da Saúde brasileiro mais de 54% das pessoas entre 16 e 25 anos estão infectadas com o vírus, sendo que 38,4% são tipos de alto risco. De acordo com o órgão, são esperados mais de 17 mil casos de câncer do colo do útero por ano até 2025. O vírus também tem relação com outros tipos de câncer (orofaringe, ânus e canal anal, vagina, vulva e pênis). Conforme publicação da Fundação do Câncer, cerca de 6 mil casos desses outros cânceres relacionados ao HPV poderiam ser evitados a cada ano por meio da prevenção primária (vacinação).

‌De acordo com a OMS, para o Brasil estima-se que haja de 9 a 10 milhões de infectados por este vírus e que, a cada ano, 700 mil casos novos da infecção surjam. O uso de preservativos ajuda a evitar a transmissão do vírus do HPV, mas a vacina é a principal forma de prevenção.

‌A consultora médica da Fundação salienta que a cobertura para a primeira dose da vacina é próxima do que se preconiza, mas para a segunda dose a cobertura cai demais. “De acordo com dados do segundo volume do info.oncollect, publicação recente da Fundação do Câncer, a cobertura vacinal da população feminina de 9 a 14 anos contra o vírus causador da doença foi de 76% para a primeira dose e 57% para a segunda no Brasil. Esse novo esquema vai garantir que o país atinja a cobertura que a OMS preconiza de 90% das meninas até 15 anos vacinadas contra o HPV. Flávia Corrêa lembra que quem já recebeu a primeira dose da vacina já está protegido contra o vírus, não necessitando da segunda dose”.

Fórum Global promovido pela OMS pede mobilização de autoridades e instituições para a eliminação do câncer do colo do útero

Fórum Global promovido pela OMS pede mobilização de autoridades e instituições para a eliminação do câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum nas mulheres em todo o mundo e continua a afetar mais mulheres e suas famílias em países de baixo e médio rendimento, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas até 2030 essa realidade pode mudar. Em reunião no primeiro “Fórum Global para a Eliminação do Câncer do Colo do Útero: Promover o Apelo à Ação”, realizado nesta terça (5/3), em Cartagena das Índias (Colômbia), instituições, governos, doadores e parceiros anunciaram novos e importantes compromissos políticos, programáticos e financeiros, incluindo a doação de quase 600 milhões de dólares para eliminar esta doença evitável.

Os compromissos firmados no fórum são decisivos para acelerar o progresso da promessa feita em 2020, quando 194 países adotaram a estratégia global da OMS para eliminar o câncer do colo do útero. As metas consistem em 90% das meninas vacinadas contra HPV até os 15 anos; 70% das mulheres rastreadas com teste de alto desempenho; e 90% das mulheres identificadas com lesões precursoras ou câncer tratadas.

De acordo com a OMS, a cada dois minutos, uma mulher morre de câncer do colo do útero, embora já existam conhecimentos e ferramentas para prevenir e até eliminar esta doença. A vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), principal causa da neoplasia, pode prevenir a maioria dos casos. No entanto, um recente levantamento feito pela Fundação do Câncer apontou que a cobertura vacinal da população feminina de 9 a 14 anos contra o vírus causador da doença foi de 76% para a primeira dose e 57% para a segunda no Brasil.

Em 2022, a OMS passou a recomendar a imunização contra o HPV em dose única, e em 2023 foi reforçada a recomendação semelhante na região das Américas. Até a data, 37 países comunicaram a mudança ou a intenção de mudar para um regime de uma dose. No Brasil, ainda é preconizado o esquema vacinal de duas doses, com intervalo de seis meses entre as doses, para meninos e meninas de 9 a 14 anos. “Estudos já comprovaram que uma dose da vacina é eficaz contra a infecção”, destaca Flávia Miranda Corrêa, consultora médica da Fundação do Câncer e doutora em Saúde Coletiva da Criança e da Mulher pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

Nova forma de rastreio

Existem muitos desafios para a eliminação da doença, um deles é o rastreio. De acordo com a OMS, menos de 5% das mulheres em países de baixa e média renda já são rastreadas para o câncer do colo do útero. No Brasil, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde (SUS) recentemente fez a recomendação final para a incorporação da testagem molecular para detecção do HPV no SUS. Para Flávia Miranda Corrêa, a medida representa um avanço significativo na prevenção e detecção precoce da doença. “A incorporação dessa tecnologia no SUS no modelo de rastreamento organizado de base populacional irá contribuir para a redução das desigualdades no acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero”, comenta a co-investigadora do MARCO Project (Management of Risk of Cervical Cancer), parceria do US National Cancer Institute (NCI)/Harvard School of Public Health/Fiocruz/INCA para avaliação da efetividade, eficiência e viabilidade econômica de novas estratégias de rastreamento e triagem de câncer do colo do útero baseadas em testes de HPV e também participante da elaboração do WHO Guideline Development Group: Update of WHO Screening and Treatment Recommendations to prevent cervical cancer.

O diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, alega que é essencial que governos e organizações de saúde trabalhem em conjunto para garantir que todas as mulheres tenham igualdade de acesso a esses serviços, independentemente de sua renda, localização geográfica ou origem.

“O anúncio desses compromissos é fundamental para o controle do câncer do colo do útero. Aumentar o acesso a serviços de saúde, investir em programas de vacinação e rastreamento, conscientizar a população e combater o tabu sobre o assunto são ações vitais para alcançar a eliminação da doença como um problema de saúde pública”, defende o cirurgião oncológico.

Fundação do Câncer e Instituto ZENcancer celebram parceria do evento Outubro + que Rosa no Theatro Municipal

Fundação do Câncer e Instituto ZENcancer celebram parceria do evento Outubro + que Rosa no Theatro Municipal

Palestras sobre autoconhecimento, autocuidado, práticas de relaxamento e um espetáculo de ópera. Foi essa a programação pensada especialmente para o ‘Outubro + que Rosa – A vida é um espetáculo’, evento organizado em conjunto pela Fundação do Câncer, o Instituto ZENcancer e o Theatro Municipal, para as mulheres profissionais da saúde.

O evento, ocorrido no dia 25 de outubro, teve início com uma abertura feita pelo diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni: ”Promover um evento como esse para as mulheres profissionais de saúde que desempenham um papel fundamental na sociedade é, sem dúvida, um dia de aprendizado e inspiração. Queremos aqui demonstrar a importância de cuidar de si mesmo para melhor cuidar dos outros”, declarou o cirurgião oncológico e representante da Fundação.

A idealizadora do ZENcancer, Luciana Lobo, que também é professora de yoga, conduziu um momento de meditação, proporcionando às participantes a oportunidade de se ‘desconectar’ do estresse cotidiano e de reconectar consigo mesmas, trazendo serenidade e equilíbrio emocional. “Esse foi nosso grande propósito no dia de hoje, fazer com que cada uma olhe para dentro de si e saia do papel de profissional de saúde. Queremos que elas saiam daqui mais conscientes de cuidar de si mesmas e guardem esse dia na memória como um momento feliz na vida delas”, destacou a professora de yoga.

Depois de um momento relaxante, a psicóloga Maria Alice Maranhão, abordou questões cruciais de autoconhecimento, autocuidado e bem-estar, essenciais para as profissionais de saúde, que muitas vezes se dedicam intensamente ao cuidado dos outros negligenciando a si mesmas. Em seguida, Bruno Lima, coordenador do Núcleo de Movimentação Humana no Instituto ZENcancer ofereceu ensinamentos sobre a importância do autocuidado, atividade física e práticas de relaxamento no dia a dia das profissionais de saúde, a fim de proporcionar um equilíbrio entre corpo e mente.

A consultora médica da Fundação do Câncer, Flávia Corrêa, teve um momento de bate-papo sobre a saúde da mulher, abordando temas como câncer de mama, câncer do colo do útero, câncer de pele e câncer colorretal. A médica destacou que “o importante não é só focar nas cores do mês, como o Outubro Rosa, o Novembro Azul ou o Dezembro Laranja, mas no cuidado da saúde o ano inteiro.”

Viviane Valente, enfermeira do Hospital Federal de Ipanema, disse que esse tipo de ação gera não só autocuidado, mas empatia umas com as outras. “Temos que nos cuidar para estar preparadas para assistir a quem está doente, cuidar da família, não levar as questões do ambiente profissional para casa. Temos que saber conviver com as nossas dores e a dor do outro”.

As atividades foram encerradas com uma apresentação musical com os solistas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro em comemoração ao Dia Mundial da Ópera.

NOTA DE PESAR

NOTA DE PESAR

É com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento de MARCELI DE OLIVEIRA SANTOS, cujo comprometimento e paixão pelo trabalho de registros de câncer no Brasil foram inspiradores para todos nós.

Ao longo dos anos, ela desempenhou importante papel no avanço desta missão, deixando um legado de impacto positivo. Sua dedicação e habilidades fizeram dela uma figura inesquecível nas instituições parceiras em que trabalhou.

Neste momento, nossos corações estão com sua família e amigos mais próximos. Que eles encontrem conforto na certeza de que sua passagem por nossas vidas foi significativa e transformadora.

Descanse em paz, Marceli.

Programa de Oncobiologia da UFRJ, que tem apoio da Fundação do Câncer, divulga lista dos contemplados para o biênio 2023-2025

Programa de Oncobiologia da UFRJ, que tem apoio da Fundação do Câncer, divulga lista dos contemplados para o biênio 2023-2025

Este mês, o Programa de Oncobiologia do Instituto de Bioquimica Médica Leopoldo de Meis, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), divulgou o resultado do edital de credenciamento e recredenciamento para o período de 2023 a 2025. Foram 56 grupos de pesquisa contemplados de diferentes instituições de ensino e pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. Metade dos grupos foram recredenciados, ou seja, já faziam parte do Programa no período anterior e renovaram sua participação.

A Fundação do Câncer apoia o Programa desde 2005, investindo em bolsas de auxílio e pesquisa e aplicando recursos em ações de comunicação em saúde.

O principal propósito da iniciativa é estabelecer um ambiente favorável para a troca de conhecimentos científicos e tecnológicos entre especialistas em Oncologia que se encontram geograficamente separados. Além disso, busca-se educar a sociedade, tornando-a uma parceira significativa na prevenção e detecção precoce do câncer.

Para o próximo biênio, o Programa de Oncobiologia conta com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Instituto Nacional de Câncer (INCA), Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IECPN), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade do Estado do Rio de Janeiro campus Zona Oeste (UEZO), Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Conheça a lista dos contemplados:

Adriane Regina Todeschini (IBCCF | UFRJ)

Ana Carolina dos Santos Monteiro (UFF)*

Andrea Claudia Freitas Ferreira (IBCCF | UFRJ)

Andre Luiz Mencalha (UERJ)*

Angelo Maiolino (HUCFF | UFRJ)

Aurea Echevarria (UFRRJ

Bruno Kaufmann Robbs (UFF | ISNF) *

Carla Holandino Quaresma (Fac. Farm. | UFRJ)

Claudia dos Santos Mermelstein (ICB | UFRJ)

Daiana Vieira Lopes Alves (UFRJ) *

Danielly Cristiny Ferraz da Costa (UERJ) *

Elaine Sobral da Costa (UFRJ) *

Eliane Fialho de Oliveira (NUTES | UFRJ)

Fabio de Almeida Mendes (ICB | UFRJ)

Gabriela Nestal de Moraes (IBqM | UFRJ)

Helena Lobo Borges (ICB | UFRJ)

Jamila Alessandra Perini Machado (UEZO | UERJ) *

Jerson Lima da Silva (IBqM | UFRJ)

João Alfredo de Moraes (ICB | UFRJ)

Jose Garcia Ribeiro Abreu Junior (ICB | UFRJ)

José Roberto Meyer Fernandes (IBqM | UFRJ)

Juliana de Mattos Coelho Aguiar (UFRJ) *

Julio Cesar Madureira de Freitas Junior (INCA | UERJ) *

Katia Carneiro de Paula (ICB | UFRJ)

Leonardo Augusto Karam Teixeira (INCA) *

Leonardo Freire de Lima (IBCCF | UFRJ)

Luciana Pereira Rangel (Fac. Farm. | UFRJ)

Luis Cristóvão de Moraes Sobrinho Porto (UERJ) *

Luis Felipe Ribeiro Pinto (INCA) *

Luiz Gustavo Dubois (UFRJ) *

Marcelo Alex de Carvalho (IFRJ | INCA)

Marcelo Geradin Poirot Land (UFRJ) *

Mariana Lima Boroni Martins (INCA) *

Mariana Caldas Waghabi (IOC) *

Mariana Emerenciano Cavalcanti de Sá (INCA)

Mariana Sá Pereira (IBqM | HUCFF) *

Mariana Paranhos Stelling (IFRJ) *

Matias Eliseo Melendez (INCA) *

Mauro Sérgio Gonçalves Pavão (UFRJ) *

Morgana Teixeira Lima Castelo Branco (ICB | HUCFF | UFRJ)

Nathalia de Oliveira Meireles da Costa (INCA) *

Patricia Abrão Possik (INCA)

Patricia Zancan (Fac. Farm. | UFRJ)

Pedro Nicolau Neto (INCA) *

Raquel Ciuvalschi Maia (INCA)

Renata Binato Gomes (INCA) *

Renato Sampaio Carvalho (UFRJ) *

Robson de Queiroz Monteiro (IBqM | UFRJ)

Rosane Vianna Jorge (ICB | UFRJ)

Russolina Benedeta Zingali (IBqM | UFRJ)

Sheila Coelho Soares Lima (INCA) *

Simone Guaraldi da Silva (INCA) *

Tatiana Martins Tilli (Fiocruz) *

Thereza Christina Barja Fidalgo (UERJ)

Vivaldo Moura Neto (IECPN)

Vivian Mary Barral Dodd Rumjanek (UFRJ) *

*Novos credenciamentos, considerando os grupos vigentes em 2021-2023.

Fundação do Câncer assina carta pela retomada do Programa Nacional de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco

Fundação do Câncer assina carta pela retomada do Programa Nacional de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco

A Fundação do Câncer assinou carta redigida pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) para retomada do Programa Nacional de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco. O documento que foi enviado ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, tem mais de 20 assinaturas de organizações de defesa da saúde.

A retomada do Programa tem como motivação o tema da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Dia Mundial sem Tabaco deste ano “Cultive alimentos, não tabaco”, que incentiva os governos a acabarem com os subsídios para o cultivo do tabaco e usar esses recursos para ajudar os agricultores a mudar para culturas mais sustentáveis que melhoram a segurança alimentar e a nutrição.

Segundo dados do documento, o tabagismo custa pelo menos R$ 92 bilhões de reais ao ano: R$ 52 bilhões em custos diretos com despesas no tratamento de doenças associadas ao tabagismo e R$ 40 bilhões em custos indiretos, decorrentes de perda de produtividade por doenças e mortes prematuras.

De acordo ainda com a Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), o Brasil está entre os maiores produtores (350 mil hectares) e é o maior exportador de folhas de fumo do mundo. Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação do Câncer, avalia que “se o cultivo de tabaco for substituído por outras culturas, em especial as culturas alimentares, teríamos um impacto muito positivo para a saúde dos produtores e da população em geral.”

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