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O pesquisador Jerson Lima Silva, do programa de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que conta com financiamento da Fundação do Câncer, foi vencedor do importante Prêmio CMBB de Ciência e Tecnologia 2022.

Jerson lidera o grupo de pesquisa em estudos de formas mutantes da proteína p53 em tumores malignos visando identificar compostos antitumorais cujo alvo seja a inibição da agregação da p53.

O Prêmio CMBB foi criado em 2019 e reconhece profissionais que tenham ações e projetos inovadores nas áreas de Ciências da Computação, da Terra e da Vida e das engenharias Física, Matemática e Química.

Jerson Lima Silva é professor titular do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), atual presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia Mundial de Ciências (TWAS) para o Avanço da Ciência em Países em Desenvolvimento (“Fellow”) e da Academia Nacional de Medicina (ANM), pesquisador 1A do Cnpq e coordenador do INCT de Biologia Estrutural e Bioimagem (Inbeb).

A Fundação do Câncer parabeniza o professor e pesquisador Jerson por sua contribuição e reconhecimento para a Ciência. “Estamos certos de que apostar e financiar programas de pesquisas como o da Oncobiologia é um passo importante para o controle do câncer. E a Fundação do Câncer se orgulha muito em participar de ações para o controle do câncer em nosso País”, diz Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação.

O projeto vencedor

A palavra câncer se aplica a mais de uma centena de doenças que apresentam uma característica em comum: a proliferação desenfreada das células. Dentre os genes que mais contribuem para o desenvolvimento do câncer, destaca-se o TP53, que codifica a proteína p53. A proteína p53 é conhecida como “guardiã do genoma” por coordenar o reparo do DNA no caso de pequenos danos e por encaminhar a célula para a morte quando os defeitos não podem ser consertados. Sabe-se que uma parte dos casos de câncer é desencadeada pelo enovelamento anormal dessa proteína, o que altera seu papel na célula, deixando de funcionar como deveria ou até ganhando funções extras. Alterações na forma desta proteína, devido à ocorrência de mutações, podem levar ao seu acúmulo na célula, desencadeando o processo de agregação intracelular. Portanto, a inibição da agregação de p53 pode ser um dos mais novos e efetivos alvos para o desenvolvimento de medicamentos contra o câncer. A presente proposta tem como objetivo identificar compostos antitumorais cujo alvo seja a inibição da agregação da p53.

*Com informações do Programa de Oncobiologiada da UFRJ

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