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Fórum Global promovido pela OMS pede mobilização de autoridades e instituições para a eliminação do câncer do colo do útero

Fórum Global promovido pela OMS pede mobilização de autoridades e instituições para a eliminação do câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum nas mulheres em todo o mundo e continua a afetar mais mulheres e suas famílias em países de baixo e médio rendimento, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas até 2030 essa realidade pode mudar. Em reunião no primeiro “Fórum Global para a Eliminação do Câncer do Colo do Útero: Promover o Apelo à Ação”, realizado nesta terça (5/3), em Cartagena das Índias (Colômbia), instituições, governos, doadores e parceiros anunciaram novos e importantes compromissos políticos, programáticos e financeiros, incluindo a doação de quase 600 milhões de dólares para eliminar esta doença evitável.

Os compromissos firmados no fórum são decisivos para acelerar o progresso da promessa feita em 2020, quando 194 países adotaram a estratégia global da OMS para eliminar o câncer do colo do útero. As metas consistem em 90% das meninas vacinadas contra HPV até os 15 anos; 70% das mulheres rastreadas com teste de alto desempenho; e 90% das mulheres identificadas com lesões precursoras ou câncer tratadas.

De acordo com a OMS, a cada dois minutos, uma mulher morre de câncer do colo do útero, embora já existam conhecimentos e ferramentas para prevenir e até eliminar esta doença. A vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), principal causa da neoplasia, pode prevenir a maioria dos casos. No entanto, um recente levantamento feito pela Fundação do Câncer apontou que a cobertura vacinal da população feminina de 9 a 14 anos contra o vírus causador da doença foi de 76% para a primeira dose e 57% para a segunda no Brasil.

Em 2022, a OMS passou a recomendar a imunização contra o HPV em dose única, e em 2023 foi reforçada a recomendação semelhante na região das Américas. Até a data, 37 países comunicaram a mudança ou a intenção de mudar para um regime de uma dose. No Brasil, ainda é preconizado o esquema vacinal de duas doses, com intervalo de seis meses entre as doses, para meninos e meninas de 9 a 14 anos. “Estudos já comprovaram que uma dose da vacina é eficaz contra a infecção”, destaca Flávia Miranda Corrêa, consultora médica da Fundação do Câncer e doutora em Saúde Coletiva da Criança e da Mulher pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

Nova forma de rastreio

Existem muitos desafios para a eliminação da doença, um deles é o rastreio. De acordo com a OMS, menos de 5% das mulheres em países de baixa e média renda já são rastreadas para o câncer do colo do útero. No Brasil, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde (SUS) recentemente fez a recomendação final para a incorporação da testagem molecular para detecção do HPV no SUS. Para Flávia Miranda Corrêa, a medida representa um avanço significativo na prevenção e detecção precoce da doença. “A incorporação dessa tecnologia no SUS no modelo de rastreamento organizado de base populacional irá contribuir para a redução das desigualdades no acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero”, comenta a co-investigadora do MARCO Project (Management of Risk of Cervical Cancer), parceria do US National Cancer Institute (NCI)/Harvard School of Public Health/Fiocruz/INCA para avaliação da efetividade, eficiência e viabilidade econômica de novas estratégias de rastreamento e triagem de câncer do colo do útero baseadas em testes de HPV e também participante da elaboração do WHO Guideline Development Group: Update of WHO Screening and Treatment Recommendations to prevent cervical cancer.

O diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, alega que é essencial que governos e organizações de saúde trabalhem em conjunto para garantir que todas as mulheres tenham igualdade de acesso a esses serviços, independentemente de sua renda, localização geográfica ou origem.

“O anúncio desses compromissos é fundamental para o controle do câncer do colo do útero. Aumentar o acesso a serviços de saúde, investir em programas de vacinação e rastreamento, conscientizar a população e combater o tabu sobre o assunto são ações vitais para alcançar a eliminação da doença como um problema de saúde pública”, defende o cirurgião oncológico.

Fundação do Câncer celebra decisão da Conitec de incorporação da testagem molecular para detecção do Papilomavírus Humano (HPV) no SUS

Fundação do Câncer celebra decisão da Conitec de incorporação da testagem molecular para detecção do Papilomavírus Humano (HPV) no SUS

Mais uma decisão para comemorar na saúde pública brasileira. Terminada a consulta pública do Ministério da Saúde, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde (SUS) fez a recomendação final para a incorporação da testagem molecular para detecção do Papilomavírus Humano (HPV) no SUS. “A medida representa um avanço significativo na prevenção e detecção precoce do câncer do colo do útero, que segundo o Ministério da Saúde, tem estimativa de 17 mil novos casos por ano em 2024 e 2025. Como já defendido no nosso quarto volume do info.oncollect, intitulado “Um Olhar sobre o Diagnóstico do Câncer do Colo do Útero no Brasil”, o novo exame proporciona maior sensibilidade em comparação com os métodos já existentes, possibilitando a identificação mais precisa do vírus HPV, principal causador dessa doença”, comenta o médico e diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni.

O relatório final da Conitec será encaminhado para aprovação do secretário da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS), Carlos Gadelha, para publicação no Diário Oficial da União (DOU).

“Com essa incorporação do teste estaremos investindo na saúde preventiva, permitindo que as mulheres tenham acesso a um diagnóstico mais preciso, o que, por sua vez, resultará em melhores prognósticos e maior qualidade de vida”, diz a consultora médica da Fundação Flávia Miranda Correa, co-investigadora do MARCO Project (Management of Risk of Cervical Cancer), parceria do US National Cancer Institute (NCI)/Harvard School of Public Health/Fiocruz/INCA para avaliação da efetividade, eficiência e viabilidade econômica de novas estratégias de rastreamento e triagem de câncer do colo do útero baseadas em testes de HPV e também participante da elaboração do WHO Guideline Development Group: Update of WHO Screening and Treatment Recommendations to prevent cervical cancer.

Ainda, de acordo com Flávia, que é doutora em Saúde Coletiva da Criança e da Mulher pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), a utilização desse exame irá oferecer uma série de benefícios para a saúde pública brasileira. “Em primeiro lugar, o novo método é mais custo-efetivo para o sistema de saúde pública. Outro benefício é que teremos um aumento na detecção de lesões precursoras, possibilitando um encaminhamento mais efetivo para o tratamento e acompanhamento adequado das pacientes. É importante ressaltar ainda que a incorporação dessa tecnologia no SUS no modelo de rastreamento organizado de base populacional irá contribuir para a redução das desigualdades no acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero”, estima.

Com isso, o Brasil reforça seu compromisso com a prevenção e o enfrentamento do câncer, alinhando-se a estratégias preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a erradicação do câncer do colo do útero, que recomenda que 70% das mulheres em todo o mundo sejam submetidas regularmente a um teste de alto desempenho, como o teste molecular para detecção do HPV.

Fundação do Câncer convoca profissionais de saúde, especialistas, acadêmicos, pesquisadores e a sociedade civil para consulta pública sobre teste molecular para detecção do HPV. Prazo termina dia 17 de janeiro

Fundação do Câncer convoca profissionais de saúde, especialistas, acadêmicos, pesquisadores e a sociedade civil para consulta pública sobre teste molecular para detecção do HPV. Prazo termina dia 17 de janeiro

Um avanço no combate ao câncer do colo do útero foi alcançado com a abertura da consulta pública pelo Ministério da Saúde sobre a incorporação do teste molecular para detecção do HPV (Papilomavírus Humano) no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa decisão veio após a obtenção de parecer preliminar favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). As contribuições podem ser enviadas até o próximo dia 17, através da plataforma Participa + Brasil.

Uma das estratégias preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a erradicação do câncer do colo do útero é que 70% das mulheres em todo o mundo sejam submetidas regularmente a um teste de alto desempenho, como o teste molecular para detecção do HPV. Diversos estudos científicos corroboram que o rastreamento com testes moleculares é mais eficiente na identificação de lesões precursoras desse tipo de câncer. Atualmente, o método recomendado no Brasil para o rastreamento do câncer do colo do útero é a citologia, conhecida como teste de Papanicolau.

Flávia Miranda Corrêa, consultora médica da Fundação do Câncer, ressalta que o teste molecular possui maior sensibilidade e interpretação precisa. “Entre as vantagens estão o aumento da idade de início, maior intervalo entre os exames, maior detecção de lesões precursoras e câncer em estágio inicial e, principalmente, menor custo do tratamento, tornando o programa de rastreamento mais eficiente, mas apenas se houver adesão às recomendações, o que só ocorre no modelo organizado de base populacional.” Como foi apontado no levantamento elaborado pela Fundação do Câncer “Um Olhar sobre o Diagnóstico do Câncer do Colo do Útero no Brasil” há desigualdades e gastos desnecessários. Um exemplo é a constatação de que 21,4% das mulheres submetidas ao exame estão fora da faixa etária recomendada (25 a 64 anos), indicando uma falta de adesão às diretrizes do Ministério da Saúde.

Para a especialista, que é doutora em Saúde Coletiva da Criança e da Mulher pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), a implementação do teste molecular pode representar uma mudança significativa na abordagem preventiva, aliviando não apenas o sistema de saúde, mas melhorando a qualidade de vida das mulheres. “O novo método além de ser mais custo-efetivo, antecipa, em quase uma década, o acompanhamento e o tratamento dos casos de câncer. No mês marcado pela conscientização sobre o câncer do colo do útero, o chamado “Janeiro Verde”, conclamamos toda comunidade a contribuir para a consulta pública a fim de incorporar o exame no SUS”, recomenda.

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o câncer do colo do útero é uma doença evitável, embora apresente alta incidência e mortalidade. No Brasil, é o terceiro tipo de câncer mais frequente e a quarta causa de óbito por câncer entre as mulheres, especialmente as negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

Para participar da consulta pública é necessário preencher os dados e responder às questões sobre ser favorável ou contra a adoção do novo exame pelo SUS. O link da Consulta Pública Conitec/SECTICS nº 65/2023.

Fundação do Câncer divulga vencedores da edição 2023 do Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer

Fundação do Câncer divulga vencedores da edição 2023 do Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer

A Fundação do Câncer anuncia os vencedores da terceira edição do Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer. A cerimônia de entrega da premiação foi realizada na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, onde foram conhecidos os três primeiros colocados de cada uma das categorias do Prêmio: Iniciativas para o Controle do Câncer, Inovação em Cuidados Paliativos e Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer. Os vencedores de cada categoria receberam troféus e certificados, além de premiação em espécie para as primeiras colocações.

Na categoria Iniciativas para o Controle do Câncer, o trabalho ‘Desenvolvimento de plataformas biotecnológicas para a biópsia líquida do câncer de mama’, de autoria de representantes da Universidade Federal de Uberlândia e Fundação Pio XII – Hospital de Câncer de Barretos, Yara Maia, Alinne Silva, Leticia Lopes Dantas Santos, Donizeti Santos, Izabella Ferreira, Cláudia Rodrigues, Thaise Gonçalves de Araujo, Paula Canto, Carlos Paiva, Juliana Pereira, foi o vencedor. ‘Utilização de dados genéticos para o aperfeiçoamento do diagnóstico e estratificação de risco de pacientes com deleção em IKZF1 na leucemia linfoblástica aguda’, cujos autores são Bruno de Almeida Lopes, Heloysa de Fátima Araujo Bouzada, Ana Luiza Tardem Maciel, Thayana Barbosa, Caroline Poubel, Caroline Blunck, Mariana Emerenciano do Instituto Nacional de Câncer (Inca), ficou em segundo lugar. O terceiro lugar foi para o trabalho ‘Mature tertiary lymphoid structures are key niches of tumour-specific immune responses inpancreatic ductal adenocarcinomas’, de autoria de 26 pesquisadores que pertencem ao A.C.Camargo Cancer Center, Hospital Israelita Albert Einstein, Instituto Evandro Chagas, Sociedade Brasileira de Patologia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Hospital de Amor e Universidade Clermont Auvergne.

Na categoria Inovação em Cuidados Paliativos, o trabalho ‘NutriPal: desenvolvimento de uma ferramenta para avaliação do risco nutricional e direcionamento para a elaboração do plano de cuidados para pacientes com câncer incurável em cuidados paliativos’, de autoria de Karla Santos da Costa Rosa, Bianca Sakamoto Ribeiro Paiva, Livia Costa Oliveira, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva e Hospital de Câncer de Barretos, foi o vencedor. Em segundo lugar ficaram Livia Costa Oliveira, Renata Freitas, Karla Santos da Costa Rosa, Alex Sandro Siqueira, Alessandra Simões, Marcus Vinicius da Silva, Amanda Alves Orsini Richard, João Barroso Ribeiro, Monica Bolzan, com o trabalho ‘Programa QELCA© para profissionais de uma Unidade de Cuidado Paliativo exclusivo de referência nacional: educação diferenciada para promoção da qualidade de morte’, representando o Inca. O terceiro lugar ficou empatado entre os integrantes do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe (Hospital Pequeno Príncipe) e Universidade Federal Fluminense, com os respectivos trabalhos: ‘Enxaguante bucal à base de resíduos agroindustriais para a prevenção e tratamento da mucosite oral’ e ‘Sedação Paliativa: Para além da técnica’.

Na categoria Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer, o trabalho ‘Gastos federais atuais e futuros com os cânceres atribuíveis aos fatores de risco relacionados à alimentação, nutrição e atividade física no Brasil’, cujos autores são Thainá Alves Malhão, Arthur Schilithz, Bruna Arguelhes, Fabio Carvalho, Leandro Rezende, Luciana Moreira, Maria Eduarda Leão, Diogenes Melo, Paula Machado, Rafael Barbosa, Ronaldo Corrêa Ferreira da Silva (Instituto Nacional de Câncer, Universidade Federal de São Paulo e Universidade Federal do Espírito Santo) ficou em primeiro lugar. A segunda colocação foi de Catherine Moura da Fonseca Pinto, Luana Lima, Fábio Augusto Fedozzi, da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, com o trabalho ‘Movimento Todos Juntos contra o Câncer’. O terceiro colocado foi o trabalho de Carolina Panis e Daniel Rech (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), intitulado ‘Exposição ocupacional aos agrotóxicos no câncer de mama: determinação de assinatura molecular de risco e prognóstico e implementação de ações de toxicovigilância’.

 

 

Para o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, a terceira edição do Prêmio Marcos Moraes mostrou a consolidação da premiação como uma importante iniciativa no cenário de controle do câncer no Brasil. “Esta edição, que teve recorde de inscritos, demonstra a crescente participação da comunidade científica em relação à pesquisa do câncer. Foram 55 trabalhos submetidos de diversas regiões do País que abrangem diversos tópicos, dentro das três categorias contempladas no prêmio”, analisou o cirurgião oncológico.

Todos os trabalhos foram julgados por uma banca avaliadora coordenada por Moyses Szklo, que revelou que a cada ano aumenta a qualidade dos trabalhos. “Esse ano, uma das categorias teve um empate em terceiro lugar, isso mostra a qualidade dos trabalhos enviados”, diz o professor do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC)/UFRJ & Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health – BSPH/JHU).

O diretor executivo da Fundação do Câncer encerrou a cerimônia de entrega da premiação agradecendo aos participantes da terceira edição do Prêmio Marcos Moraes, desde os pesquisadores até os membros da comissão de julgamento. “Este Prêmio é uma oportunidade de celebrar não apenas os finalistas, mas toda a comunidade dedicada ao controle do câncer”, finalizou Maltoni.

Sobre o Prêmio
O Prêmio Marcos Moraes foi estabelecido em homenagem ao nosso fundador, Marcos Moraes, que dedicou sua vida à luta contra o câncer. Através deste prêmio, a Fundação do Câncer busca reconhecer e apoiar aqueles que estão comprometidos em melhorar a compreensão, prevenção e tratamento do câncer.

 

Fundação do Câncer apoia o 22º Encontro da Associação Brasileira de Registro de Câncer

Fundação do Câncer apoia o 22º Encontro da Associação Brasileira de Registro de Câncer

Reafirmando seu compromisso em auxiliar iniciativas que contribuam para a qualidade das informações sobre câncer, a Fundação do Câncer participa, como apoiadora, do 22º Encontro Nacional de Registradores de Câncer. O evento, promovido pela Associação Brasileira de Registro de Câncer (ABRC), é gratuito e acontecerá de 29 de novembro a 1º de dezembro, em formato híbrido, na sede do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro.

O objetivo do encontro é promover a troca de conhecimentos e experiências relacionadas aos registros de câncer, fundamentais para a coleta, armazenamento, processamento, análise e divulgação de informações sobre pacientes com diagnóstico confirmado de câncer. Segundo a organização do evento, a implantação e manutenção dos Registros de Câncer exigem treinamento especializado para garantir a qualidade e precisão dos dados.

As conferências e mesas redondas abordarão temas que incluem a qualidade e utilização das informações para vigilância de câncer; estratégias para qualificar as informações sobre câncer; novos desafios para registros de câncer e registradores; as estratégias para integrar e promover a troca de experiências entre Registros Hospitalares de Câncer e Registros de Câncer de Base Populacional; e a valorização da atividade de registrador como ocupação reconhecida oficialmente. Além da programação científica, acontecerá também a premiação dos trabalhos submetidos na categoria pôster. Serão entregues certificados para os três melhores trabalhos enviados.

Dentre os palestrantes convidados está Marion Piñeiros, representante do Hub Latino-americano da Iniciativa Global para o Desenvolvimento dos Registros de Câncer da IARC (International Agency for Research on Cancer), que compartilhará sua experiência em epidemiologia e qualidade da informação. O evento contará também com a participação do Dr. Michel P. Coleman, que é professor de epidemiologia da London School of Hygiene and Tropical Medicine, além de ser o pesquisador responsável pelo projeto CONCORD, referência em análise de sobrevida do câncer com base nos registros de câncer de base populacional de diversos locais no mundo.

Para a bióloga Rejane Reis, epidemiologista da Fundação do Câncer e integrante da diretoria científica da ABRC, esse evento é muito importante não só para consolidar cada vez mais a causa Registro de Câncer, mas também trazer novas perspectivas de utilização das informações e oportunidade de trocas de experiências entre os profissionais envolvidos com o tema, principalmente os registradores, que são os responsáveis por toda a coleta das informações. “Estamos orgulhosos em poder contribuir para esse encontro, que reúne especialistas tão importantes no controle do câncer. A qualificação das informações sobre o câncer é essencial para a gestão pública e o enfrentamento da doença”, destaca.

Para mais informações sobre inscrições e programação acesse o site http://www.abrc.org.br .