Fundação do Câncer usa futebol e cinema em ações contra o cigarro eletrônico

29 de agosto de 2025

No Dia Nacional de Combate ao Fumo (29), a Fundação do Câncer aposta em duas das maiores paixões dos brasileiros, futebol e cinema, para ampliar sua mensagem contra o cigarro eletrônico. As ações, criadas pela SB Comunicação, agência que atende a Fundação, fazem parte do movimento VapeOff, iniciativa da instituição voltada a conscientizar especialmente adolescentes e jovens sobre os riscos do dispositivo, hoje fortemente associado a uma falsa ideia de modernidade e segurança.

No clássico Flamengo x Grêmio, no dia 31 de agosto, o Maracanã será palco de um recado direto. Uma faixa exibida dentro de campo vai trazer a mensagem ‘Cigarro eletrônico é falta grave contra a vida’, acompanhada de um vídeo sobre o tema. A ação acontece em parceria com o Departamento de Responsabilidade Social e Cidadania do clube Rubro-Negro e explora a potência do futebol que alcança milhares de torcedores dentro do mais tradicional templo do futebol do Rio de Janeiro.

A campanha também ganha espaço nas salas de cinema durante a Semana do Cinema (28/8 a 3/9), período que é esperado atrair um grande público. Em parceria com a Flix Média, será exibido antes das sessões, o filme ‘Bonito por fora, tóxico por dentro’, que aborda os malefícios do vape, um contra-ataque às estratégias da indústria tabageira que promove os cigarros eletrônicos como inofensivos. A peça estará presente em salas de destaque no Rio e em São Paulo, incluindo os cines Kinoplex Nova América, Shopping Tijuca, Madureira, Boulevard Rio Shopping, Cinesystem Botafogo, Bangu Shopping, Bourbon Pompeia e Shopping Frei Caneca, entre outros.

“A publicidade da indústria do tabaco investe em diversas narrativas para conquistar jovens. Nosso desafio é inverter esse jogo, usando a mesma força criativa e os mesmos espaços midiáticos para expor a verdadeira face do cigarro eletrônico”, afirma o médico Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação do Câncer.

De acordo com o 3º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad III), 31,8% dos adolescentes já experimentaram cigarro eletrônico, enquanto entre os adultos o índice é de 25,2%. Para Milena Maciel de Carvalho, consultora na área de tabagismo da Fundação do Câncer, traduzir esses dados em campanhas criativas e de alta visibilidade é essencial para disputar a atenção do público e reforçar que o alerta precisa ser constante. “Os cigarros eletrônicos não são inofensivos. Pelo contrário, trazem riscos para a saúde e favorecem a iniciação precoce dos adolescentes no tabagismo. Por isso, ações de comunicação com grande visibilidade, como essas, são fundamentais para desmistificar o produto e mostrar seus perigos reais”, destaca a especialista.