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pesquisa e
educação

Consultoria e ações
para controle
do câncer

Informação
e prevenção

A Fundação do Câncer participa ativamente das principais ações e discussões sobre Oncologia no Brasil, seja como promotora, pesquisadora ou disseminadora de conhecimento e de projetos. Aqui você encontra mais detalhes da nossa atuação junto a instituições e profissionais de saúde e que impactam diretamente na saúde da população.

 

A Fundação do Câncer participa ativamente das principais ações e discussões sobre Oncologia no Brasil, seja como promotora, pesquisadora ou disseminadora de conhecimento e de projetos. Aqui você encontra mais detalhes da nossa atuação junto a instituições e profissionais de saúde e que impactam diretamente na saúde da população.

 

Câncer Infantojuvenil

O câncer é a principal causa de morte de crianças e adolescentes por doença na faixa de 1 a 19 anos no Brasil. Em crianças e jovens a doença tem evolução rápida, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado proporcionam chances de até 80% de cura. A Fundação do Câncer tem estreita parceria com Seção de Pediatria do INCA, onde são atendidos 70% dos casos do Estado do Rio de Janeiro.

Nos últimos anos, contribuiu para a ampliação da UTI Pediátrica, para a construção do Consultório Oftalmológico e para a criação e manutenção da Emergência Pediátrica.
Algumas dessas ações com recursos obtidos em parceria com o Instituto Ronald McDonald, a partir da venda de tíquetes da campanha McDia Feliz voltadas para a unidade dedicada a crianças e jovens do INCA.

Fundação também é parceira do Instituto Desiderata e acompanha de perto a questão do acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer infantojuvenil ao integrar o grupo Unidos pela Cura, uma iniciativa do instituto que reúne gestores do Sistema Único de Saúde, serviços especializados e organizações da sociedade civil. O objetivo do grupo é a promoção do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil a partir da capacitação de profissionais de saúde, do acesso em até 72 horas à investigação da suspeita de câncer e do monitoramento do fluxo de encaminhamento de câncer infantojuvenil.

Para chamar a atenção para o tema, por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil (23/11), o Instituto Desiderata lança, anualmente, um boletim com um panorama da oncologia pediátrica no Estado do Rio, com apoio da Fundação do Câncer. A publicação pretende difundir conhecimento e análises sobre assuntos estratégicos que de forma objetiva subsidiem tomadas de decisão para a melhoria da rede de atenção ao câncer infantojuvenil. Veja a publicação clicando aqui.

Controle do Tabagismo

O cigarro possui ao menos 70 substâncias cancerígenas – são mais de 4.700 componentes tóxicos – e seu consumo é a principal causa de câncer de pulmão, boca e faringe, além de estar associado à hipertensão e ao diabetes. Estima-se que 90% das mortes por câncer de pulmão são relacionadas ao tabagismo.

Consciente de que a prevenção é o melhor caminho no combate às doenças, a Fundação do Câncer está engajada, desde a sua criação, na luta contra o tabagismo. Participa de ações de mobilização da sociedade civil em prol da Política Nacional de Controle do Tabagismo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 428 pessoas morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo. A Fundação do Câncer vem fazendo a sua parte, desde a sua criação, ao participar de inúmeras ações em prol do controle do tabaco no Brasil, indutor de vários tipos de cânceres. Segundo dados do Vigtel (2023), o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil é de 9,3%. Nos últimos 13 anos, o número de fumantes reduziu 40%, comprovando que a população está fumando menos.

Apesar da redução do número de fumantes, a batalha pelo cumprimento e aperfeiçoamento da legislação relativa ao tema exige ações permanentes. A Fundação vem atuando, em parceria com o INCA, há mais de duas décadas, contribuindo para o desenvolvimento de políticas públicas de controle do tabaco, tais como a de ambientes 100% livres de tabaco, proibição de aditivos em produtos de tabaco, restrição de propagandas, aumento de impostos sobre os produtos, inserção e aprimoramento das imagens e advertências sanitárias nas embalagens entre outras.

As conquistas do país no combate ao fumo estão em consonância com a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, o primeiro tratado internacional de saúde, do qual o Brasil é um dos 168 signatários. A Convenção-Quadro prevê medidas para o controle do consumo de produtos do tabaco, entendendo que o tabagismo é uma epidemia mundial.

Paralelamente à articulação com entidades da sociedade civil e pressão para avanço na legislação, a Fundação do Câncer vem investindo em pesquisas de monitoramento e avaliação das políticas públicas de controle do tabaco, contribuindo no planejamento das ações em nível local e nacional.

Além disso, a equipe de Promoção da Saúde da Fundação do Câncer oferece subsídios para empresas e municípios para implantação de ambientes de trabalho saudáveis (livres de tabaco).

A consultoria diz respeito tanto à adequação à legislação federal, quanto à promoção da cessação do tabagismo, fazendo um diagnóstico situacional, capacitação e acompanhamento das ações.

Cigarro eletrônico

Depois de obtermos um grande avanço no combate ao tabaco tradicional, a Fundação do Câncer trava uma nova luta contra o crescente uso dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), também conhecidos como vape, pod, pen e e-cigarro. Para isso, criou o Movimento VapeOFF (@movimentovapeoff), objetivando conscientizar e orientar a todos sobre os perigos do vape.

Um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) constatou que o consumo e a produção dos DEFs estão em franca expansão em todo o mundo. A indústria do tabaco tem se valido da tecnologia, dos sabores, cores e formatos dos cigarros eletrônicos para atrair novos consumidores, com o discurso que o e-cigarro auxilia o fumante a largar o vício do cigarro tradicional.

No entanto, pesquisas já comprovaram que os DEFs causam problemas pulmonares graves, que podem levar a internações, cirurgias e até a morte, além provocar queimaduras e lesões causadas pela explosão do dispositivo. O vape, que têm alto grau de nicotina e outros produtos químicos nocivos à saúde, potencializa as chances de infarto, asma, pneumonia e câncer. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), evidências apontam também que os jovens que usam cigarros eletrônicos têm duas vezes mais chances de se tornarem fumantes na vida adulta.

Embora proibida a fabricação, importação e comercialização no Brasil, uma pesquisa do Ministério da Saúde já apontou que cerca de 20% dos jovens brasileiros usam cigarro eletrônico. A mais recente pesquisa Covitel – desenvolvida pela organização global de saúde pública Vital Strategies e pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com apoio do Instituto Ibirapitanga, Uname e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco/Fiocruz) – revelou que 1 em cada 5 jovens, na faixa de 18 a 24 anos, faz uso do produto.

Além do prejuízo direto à saúde humana, o cigarro eletrônico também danifica o meio ambiente, visto que os e-líquidos usados nos vaporizadores contêm quantidades significativas de substâncias tóxicas, os resíduos de cigarro eletrônico não são biodegradáveis e os cartuchos ou dispositivos descartáveis se decompõem em produtos químicos que poluem ainda mais nossas águas.

A Fundação do Câncer tem feito diversas campanhas de mobilização contra a comercialização do produto no país, participando ativamente das discussões sobre o assunto e se posicionando claramente contrária em consulta pública realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Siga a página do Movimento VapeOFF no Instagram e Facebook e compartilhe com os amigos.

Veja aqui o vídeo de uma das campanhas da Fundação do Câncer.

 

Cuidados Paliativos

O tratamento paliativo é fundamental para controlar os sintomas de uma doença crônica em estágio avançado e também proporcionar mais qualidade de vida ao paciente e seus familiares. No Brasil, o envelhecimento da população e o aumento da incidência de câncer tornam os doentes que carecem de cuidados paliativos uma questão de enorme impacto social e de importância crescente em termos de saúde pública. No país, ainda não há uma estrutura de cuidados paliativos adequada às demandas existentes, tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) mais de 56,8 milhões de pessoas necessitam de cuidados paliativos em todo o mundo (2021), a maioria (78%) em países de baixa e média renda. Segundo estimativa do órgão, apenas 14% das pessoas recebem os cuidados que necessitam.

Ainda de acordo com a OMS, aproximadamente dois terços das pessoas que atingem uma idade avançada possivelmente irão necessitar de cuidados e apoio de outras pessoas em algum momento para realizar atividades da vida diária como comer, caminhar ou tomar banho. Necessidades essas que podem surgir em consequência de um problema agudo ou crônico que se desenvolva ao longo do tempo. Independentemente do motivo, há uma carência de cuidados de longa duração em todo o mundo que sejam capazes de prestar assistência integral a indivíduos com problemas de saúde, objetivando melhorar a qualidade de vida desses pacientes, familiares e cuidadores.

A Fundação do Câncer há muito está empenhada em contribuir para a melhoria deste cenário. Em 1998 deu suporte à criação do Centro de Suporte Terapêutico Oncológico, atualmente Hospital do Câncer IV (HC IV), unidade do Instituto Nacional de Câncer (INCA) exclusivamente dedicada a pacientes fora das possibilidades de cura.

Formação em Radioterapia

Em 2016, a Fundação do Câncer ampliou a sua atuação e ingressou na área da Educação, dando início ao Programa Nacional de Formação em Radioterapia. A formação/qualificação para atuação na área de Oncologia/Radioterapia promove grande impacto na vida dos pacientes. Desde então, a Fundação do Câncer já capacitou mais de 1,5 mil pessoas.

O Programa Nacional de Formação em Radioterapia, objetivou a capacitação e a atualização de profissionais na área de radioterapia, voltado a atender a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2018, a Fundação do Câncer realizou a segunda fase do Programa Nacional de Formação de Radioterapia, com o Programa de Educação Continuada em Radioterapia (PRO RAD2). Os cursos aconteceram de modo descentralizado em quatro polos com o objetivo de ampliar o alcance do projeto em todo território nacional: Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Fortaleza.

O projeto foi desenvolvido em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e por empresas mediante renúncia fiscal no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon).

Medula Óssea

A Fundação do Câncer é parceira do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (INCA) em dois importantes projetos para o restabelecimento da saúde da população: a Rede Brasilcord, que congrega Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical, que reúne material genético disponível para transplantes de medula óssea, e o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), um cadastro de pessoas dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante. Saiba mais sobre esses projetos abaixo.

Rede Brasicord

Criada em 2004, a Rede BrasilCord é constituída por 16 bancos públicos que armazenam amostras doadas de sangue de cordão umbilical, rico em células-tronco, capazes de reproduzir os elementos fundamentais do sangue, essenciais para o transplante de medula óssea. Os bancos estão localizados em Belém (PA), Brasília (DF), Campinas (SP), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Ribeirão Preto (SP), Lagoa Santa (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), Manaus (AM) e Campo Grande (MS), além de dois em São Paulo (SP).

Desde 2006, a Fundação do Câncer foi a responsável pela gestão do projeto de ampliação desta Rede, com recursos do BNDES. A primeira fase do projeto contou com repasse de R$ 4 milhões, para a expansão do banco de sangue de cordão umbilical do INCA. Na segunda fase, na qual houve repasse de R$ 32 milhões, foram construídos sete novos bancos e reformados quatro já existentes, dotando-os de equipamentos apropriados e pessoal treinado.

A terceira fase do projeto começou em julho de 2013, com repasse de R$ 23,5 milhões pelo BNDES. Esta fase incluiu a construção de três novos bancos de sangue de cordão umbilical nas cidades de Manaus (AM), São Luís (MA), entregue em 2017, Campos Grande (MS), entregue em 2021, totalizando 16 Bancos de Sangue de Cordão Umbilical. Com a conclusão da expansão da Rede BrasilCord, há capacidade de armazenamento total de até 75 mil bolsas, ampliando as chances de pacientes que precisam de transplante de medula óssea.

A atuação da Fundação inclui o detalhamento dos projetos de arquitetura e engenharia e a contratação de obras civis, de instalações e de serviços técnicos especializados, como tecnologia da informação, bem como a compra e a instalação dos equipamentos e a aquisição de materiais operacionais e de apoio. Engloba também as logísticas para treinamento de pessoas especializadas e para controle de cronogramas para que as obras sejam entregues dentro dos prazos.

Nesse processo de ampliação da rede, os Bancos de Sangue de Cordão Umbilical passaram a ser chamados de Centros de Processamento Celular (CPCs), em um conceito mais amplo de atuação, que vai além do transplante de medula óssea e dá a perspectiva do desenvolvimento de pesquisas com o rico material disponível nessas unidades.

Doação de cordão umbilical

A doação do cordão umbilical do recém-nascido para um banco público é voluntária e autorizada pela mãe do bebê. As unidades armazenadas ficam disponíveis para qualquer pessoa que precise de transplante de medula óssea, indicação para pacientes com leucemia e outras doenças do sangue. Quanto mais cordões armazenados, maior a quantidade de pessoas que podem ser beneficiadas.

Os bancos da Rede BrasilCord mantêm convênio com determinadas maternidades para coleta dos cordões. As doações só podem ser realizadas nesses hospitais conveniados, onde existem equipes treinadas para realizar a abordagem da gestante, acompanhamento da gestação e coleta do material no momento do nascimento da criança.

Redome

O Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) foi criado em 1993 com o intuito de reunir informações de pessoas dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante. Com mais de 5,5 milhões de doadores cadastrados, o Redome é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo. Ligado ao Ministério da Saúde, é o maior banco com financiamento exclusivamente público, atuando articulado aos cadastros de todo o mundo para buscas por doadores para pacientes brasileiros realizadas simultaneamente no Brasil e no exterior.
A Fundação do Câncer participa do Redome apoiando o INCA na operação de atividades administrativas e financeiras.

O funcionamento do Redome está diretamente relacionado à Rede Brasileira de Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (Rede BrasilCord), ao Programa de Busca, Coleta e Transporte de Células-Tronco para Transplante Não Aparentado de Medula Óssea no Brasil e ao Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme).

O processo de consulta e busca no Redome é informatizado. O médico responsável insere as informações cadastrais e clínicas do paciente, incluindo o resultado do exame de histocompatibilidade – HLA – (que identifica as características genéticas de cada indivíduo), no sistema do Rereme. Com os dados aprovados, a busca é iniciada.

Quando são identificados possíveis doadores compatíveis, a informação é transmitida ao médico, que, juntamente com a equipe de busca do Redome, pode analisar os melhores doadores e fazer a escolha para a realização dos testes confirmatórios.

Como ser um doador de medula óssea?

Para ser doador de modula óssea, a pessoa deve ter entre 18 e 55 anos, gozar de boa saúde e não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue. O candidato a doador deve procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e será feita coleta de uma amostra de sangue (5 a 10 ml) para tipagem de HLA (características genéticas importantes para seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no cadastro do Redome e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação.

O transplante de medula óssea é um procedimento seguro e há duas formas de realizá-lo, cabendo ao médico a escolha da mais adequada a cada caso. Uma das opções é a retirada da medula do interior dos ossos da bacia do doador por meio de punções feitas com agulhas. O procedimento é feito em centro cirúrgico com o paciente anestesiado.

Na outra opção de transplante, o doador toma uma medicação que faz com que as células da medula óssea circulem na corrente sanguínea. Essas células são retiradas pelas veias do braço do doador, e o procedimento inclui a utilização de uma máquina específica (aférese) para separar do sangue as células necessárias ao transplante.

Em ambos os procedimentos, a medula óssea do doador se recompõe em 15 dias.

Clique aqui para ver a lista de Hemocentros de todo o Brasil.

Os doadores cadastrados podem atualizar seus dados no site do Redome.

Plano de Atenção Oncológica

A Fundação do Câncer presta consultoria a estados e municípios de todo o Brasil para melhoria de processos na prevenção e no tratamento de câncer. Esse trabalho contempla ações, programas e projetos necessários à implantação da Política Nacional de Atenção Oncológica em todos os aspectos da educação, promoção à saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, cuidados paliativos, sistemas de informação e regulação assistencial. É elaborado em parceria com as secretarias de Saúde dos estados e municípios envolvidos. Os estados do Rio de Janeiro e do Amazonas já têm o Plano, bem como o município de Macaé e Niterói, desenvolvido em parceria com a Fundação do Câncer.

“É cada vez mais essencial inovar em Saúde. Não apenas com tecnologias e métodos diagnósticos, mas com estratégias modernas de gestão. Nesse sentido, temos a expertise necessária para contribuir com o desenho e implantação de planos de atenção oncológica para estados e municípios no contexto da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do SUS”, afirma o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni Jr.

Informações adicionais sobre os serviços de consultoria a estados e municípios relacionados à atenção oncológica podem ser solicitadas pelo email comunicacao@cancer.org.br ou pelo telefone (21) 2505-5600.

Tecnologia em Saúde

O funcionamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e a execução da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, coordenado pelo Instituto, demandam um forte aparato tecnológico. A Fundação do Câncer desenvolveu sistemas que consolidam os dados existentes sobre a doença e também ferramentas para melhorar a assistência, conferindo mais agilidade no atendimento aos pacientes.

Entre os principais investimentos realizados estão a aquisição do software Business Inteligence (BI) e a aquisição dos direitos patrimoniais de um sistema de administração hospitalar.

O primeiro grande projeto teve início em 1997, com objetivo de integrar a área de assistência. Um sistema reuniu desde o agendamento e a realização de consultas e de exames, os prontuários eletrônicos e as internações, até os medicamentos consumidos por cada paciente, centralizando o controle de toda a movimentação dos hospitais. Na passagem para o ano 2000, um software gerencial (ERP) foi adquirido e integrado ao sistema hospitalar, possibilitando o controle de almoxarifado, patrimônio e fluxo de compras, além da disponibilização de relatórios contábeis e de compras, entre outras facilidades.

Um grande avanço também foi o desenvolvimento dos sistemas relativos aos transplantes de medula óssea no Brasil, com automação total do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e do Registro Nacional dos Receptores de Medula Óssea (Rereme).

Outra melhoria na área assistencial foi a digitalização de todas as imagens de tomografia computadorizada, de ressonância magnética e de raios X. A iniciativa possibilitou aos médicos acesso aos exames em qualquer unidade do INCA, ou até mesmo em suas residências, gerando agilidade e economia.

Na área de vigilância epidemiológica, foram desenvolvidos, em parceria com o Departamento de Informática do SUS (Datasus), o Siscolo (2001) e o Sismama (2006), para o registro das ocorrências e da evolução dos cânceres de colo de útero e de mama, respectivamente, posteriormente integrados pelo Sistema de Informação em Câncer (SISCAN), em 2013. Além deles, foram criados o Registro Hospitalar de Câncer e o Registro de Câncer de Base Populacional.

Na área de pesquisa, destaca-se a criação de um programa de gerenciamento do Banco Nacional de Tumores (BNT), importante ferramenta de estudo, reunindo dados vinculados a amostras tumorais coletadas de pacientes. Em 2007, o aplicativo foi considerado o melhor do mundo, em sua categoria, no encontro anual promovido pela International Society for Biological and Environmental Repositories (ISBER).

Na área de cuidados paliativos, um software desenvolvido permite que as equipes de atendimento domiciliar a pacientes fora das possibilidades terapêuticas tenham acesso direto e online ao sistema do INCA, por meio de um smartphone. Médicos e enfermeiros não só visualizam o prontuário do paciente, mas também atualizam os dados, em tempo real. A aplicação foi eleita, em 2009, a melhor na área de saúde pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro).

A Fundação do Câncer, em parceria com a Guard.On, está desenvolvendo um sistema de navegação do paciente que acompanha toda sua jornada clínica, da suspeita diagnóstica ao desfecho do caso, permitindo o acompanhamento contínuo e personalizado do cuidado. O software auxilia no controle do tratamento, reduzindo atrasos e barreiras junto aos serviços de saúde.