Fundação do Câncer apoia UICC na campanha do Dia Mundial do Câncer

Todos os anos, a Fundação do Câncer se junta à União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) no Dia Mundial do Câncer, celebrado dia 4 de fevereiro, para lembrar à população que é preciso tomar medidas para o controle e a prevenção da doença. Neste ano, a entidade internacional fez uma convocação com a chamada “Diminuindo as desigualdades em saúde”. A Fundação do Câncer entrou nessa campanha para lembrar um tipo de câncer que está atrelado às desigualdades no acesso e informação: o câncer do colo do útero. A Fundação do Câncer divulgou o estudo Conhecimento e práticas da população sobre prevenção do câncer do colo do útero que aponta a desinformação como barreira para vencer a doença.

O objetivo foi identificar obstáculos e as lacunas sobre a vacinação contra HPV e o rastreamento para o câncer do colo do útero, medidas que poderiam respectivamente prevenir e identificar previamente sinais da doença, responsável pela morte de mais de seis mil mulheres por ano no Brasil. Os números sobre o levantamento foram apresentados em coletiva de imprensa on-line, pela médica e consultora da Fundação do Câncer, Flávia Miranda Corrêa, e pelo epidemiologista e também consultor da entidade, Alfredo Scaff.

Uma revisão sistemática da Fundação do Câncer – com base em 16 estudos que, agrupados, oferece informação de qualidade a respeito da vacinação contra HPV, apontou que crianças, adolescentes e pais ouvidos desconhecem tanto a efetividade da vacina, quanto a maneira como deve ser aplicada e se rendem às fake news disseminadas a respeito. “Nosso alerta é para que haja mais informação neste sentido”, destaca a médica Flávia Miranda Corrêa, que coordenou o levantamento. “Entre 26 e 37% de 7.712 crianças e jovens entrevistados, com idades entre 10 e 19 anos, não sabiam que a vacina previne contra câncer de colo de útero. Entre 53% e 76% não sabiam que previne o aparecimento de verrugas causadas pelo HPV. Especialmente quando falamos de adolescentes, é um percentual de desconhecimento muito alto”, ressaltou ela, que é doutora em Saúde Coletiva.

Sobre o rastreamento e exames para detectar a doença e lesões precursoras, o levantamento apresentou dados de 52 estudos, incluindo 54.617 mulheres de 14 a 83 anos, apontam para conhecimentos e práticas inadequadas entre 40% e 71%, respectivamente. Os principais motivos apontados pelas mulheres que nunca realizaram o exame preventivo foram: “não achavam necessário” (45%), “não foram orientadas” (15%) e “tinham vergonha” (13%).

Atualmente a vacina contra o HPV, vírus causador do câncer de colo de útero, está disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos gratuitamente no SUS. Veja mais informações sobre HPV e vacinação aqui.

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