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Vidas singulares: transplante de medula óssea 

Por trás de cada transplante de medula óssea realizado no Brasil existe um time de profissionais e instituições com papéis bem definidos e tempo certo para agir. É um sistema com uma engrenagem perfeita, onde cada um cumpre seu papel para que o outro complete também sua missão. Assim, o paciente recebe a doação tão necessária e a chance esperada de cura. A Fundação do Câncer integra esse ecossistema gerenciando a logística de transporte de medula dentro e fora do Brasil, além de ser a responsável pela implantação da Rede de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário.

Quando Ana e Maria se viram pela primeira vez no corredor de um hospital em São Paulo, tiveram a certeza de que estavam frente a frente com a pessoa que procuravam. Sem perguntas ou apresentações, apenas trocaram olhares de confirmação e se abraçaram imediatamente. Um abraço longo, apertado, cheio de ternura, amor e gratidão entre doadora e receptora de medula óssea. 

A energia daquele encontro de pessoas que nunca haviam se visto antes inundou o ambiente e emocionou quem presenciava a cena. Quem conhecia as histórias daquelas mulheres que se encontravam pela primeira vez não pôde conter as lágrimas. Afinal, tudo foi preparado para que Ana e Maria fossem devidamente apresentadas em uma sala ambientada e com o suporte de uma equipe multidisciplinar. Mas, quem explica o imponderável do amor? Quem pode conter o fluxo da vida?

Este mesmo amor pela vida move também a Fundação do Câncer que, há mais de vinte anos, iniciou a implementação de um projeto em parceria com o Instituto Nacional de Câncer e o Ministério da Saúde que hoje é motivo de orgulho nacional e permitiu que aquele abraço acontecesse: o REDOME, Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. E foi justamente por meio dele que Ana foi curada de uma leucemia, após receber a doação de medula de Maria. E, como ela, milhares de vidas já foram salvas graças ao trabalho do REDOME.

Em 2021, a Fundação seguiu focada na gestão da área logística do REDOME, sendo responsável pela coleta, transporte e envio de medula óssea, seja no Brasil ou no exterior. Afinal, o país tem hoje o terceiro maior banco de medula do mundo e integra a rede internacional, que envia e recebe material para todo o planeta.

Destaques 2021

Qualificação Internacional do REDOME

Em 2021, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea obteve sua Qualificação Internacional pelo World Marrow Donor Association (WMDA) – Associação Mundial de Doadores de Medula Óssea. Esse é o primeiro passo para a conquista, em 2022, da Acreditação Internacional emitida pela mesma instituição. A Fundação do Câncer se orgulha de fazer parte dessa história de busca pela constante revisão e melhoria de processos internos.

 

Indicadores

Uma redução esperada nos números de transplante de células-tronco hematopoéticas não-aparentado retrata os anos de pandemia. Apesar disso, o total de doadores seguiu tendo incrementos em 2020 e 2021, o que é uma boa notícia. Veja os gráficos:

Redome em Números

de doadores cadastrados

novos doadores voluntários cadastrados

transplantes realizados

envios de células tronco hematopoéticas para doadores no exterior

Expansão da Rede BrasilCord

Apesar do nome remeter ao cadastro de doadores voluntários, o REDOME congrega ainda outros dois registros: o REREME – Registro de Receptores de Medula Óssea; e a BrasilCord – Rede Nacional de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário / Centros de Processamento Celular.

Em 2021, a Fundação do Câncer, responsável pela implantação de todas as unidades da Rede BrasilCord, com apoio e recursos do BNDES, inaugurou do Centro de Processamento Celular de Campo Grande (MS), localizado no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian / Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (HUMAP/UFMS). 

Com o aumento do estoque de material genético (células-tronco hematopoiéticas) ao longo dos anos, cresceram as possibilidades de realização de transplante de medula óssea para aqueles pacientes que não dispõem de um doador aparentado.