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Pesquisa e Educação

Foi para incentivar e mudar o cenário da Pesquisa e Controle em Câncer no Brasil que um grupo de médicos idealizou, em 1991, uma instituição capaz de apoiar e sustentar o crescimento do INCA. De lá para cá, são 30 anos de resultados e avanços importantes. Outras missões se somaram a essa, como a formação de profissionais para atuar no tratamento das pessoas com câncer de forma ética, técnica e, especialmente, com dedicação e amor – bem ao jeito Fundação do Câncer de ser.

Pesquisa

O apoio à pesquisa forma a identidade da Fundação do Câncer e, inclusive, está na razão social da instituição. Essa é uma das missões desenvolvidas, desde 1991: apoiar a Ciência e os cientistas, captando, gerenciando e reinvestindo recursos na realização de pesquisas em prol do controle do câncer, desde básicas (como o Programa Interinstitucional de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ), Clínica (INCA, onde atuamos no gerenciamento de recursos) e, mais recentemente, participando diretamente de pesquisas translacionais no Hospital Fundação do Câncer, transformado em Hospital Marcos Moraes pelo novo grupo controlador que assumiu a unidade, em 2020. 

Programa de Oncobiologia 

O Programa Interinstitucional de Pesquisa, Ensino e Extensão na Biologia do Câncer, mais conhecido como Programa de Oncobiologia, foi idealizado de forma pioneira, em 2000, pela professora titular da UFRJ, Vivian Rumjanek, com o apoio do Dr. Marcos Moraes e da Fundação do Câncer. É um marco na associação de pesquisadores e interessados na temática do câncer. Reúne profissionais de pesquisa, médicos, farmacêuticos, biólogos, entre outros de diferentes instituições públicas do estado do Rio de Janeiro com o propósito de favorecer o desenvolvimento de novos tratamentos e métodos diagnósticos e de prevenção ao câncer.

No canal do Programa de Oncobiologia é possível acessar esses e os demais eventos e iniciativas já realizados, abertos e gratuitos. Há conteúdos para o público especializado e, ainda, vídeos produzidos especialmente para a população em geral, tornando o assunto acessível. Vale a pena conhecer. www.youtube.com/user/oncobiologia

Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon)

O Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) foi criado para incentivar ações e serviços desenvolvidos por instituições privadas e sem fins lucrativos atuantes na Oncologia. A realização de pesquisas clínicas, epidemiológicas, experimentais e socioantropológicas é um dos objetivos descritos na Lei nº 12.715/2012, que o instituiu. 

Um dos idealizadores e maiores defensores do Pronon foi o Dr. Marcos Moraes, presidente emérito do Conselho de Curadores da Fundação do Câncer. À época de sua implantação, o Pronon chegou a ser chamado de “Lei Rouanet do Câncer”.

Em 2021, dois projetos apresentados pela Fundação do Câncer tiveram avanços importantes para desenvolvimento por meio de recursos captados via Pronon. Conheça-os!,

Estudo piloto para avaliação de segurança e eficácia da terapia de linfócitos T modificados geneticamente com Receptores Quiméricos de Antígenos (CARs) anti CD19 para o tratamento de leucemias e linfomas

O nome complicado para leigos pode ser resumido como a engenharia genética a favor do combate molecular ao câncer. E traduzindo ainda mais: os CARs são moléculas fabricadas e colocadas em células que combatem o câncer (os linfócitos T). Eles são capazes de redirecionar a escolha destes linfócitos para alvos das células cancerosas. 

Estudos dessa natureza já são realizados em outros países e, ao ser realizado pela Fundação do Câncer no Brasil, representa a possibilidade de tratamento para brasileiros com células modificadas no país.

O Ministério da Saúde aprovou a captação de R$ 6.430.590,72 (seis milhões, quatrocentos e trinta mil, quinhentos e noventa reais e setenta e dois centavos) para o estudo, que deve ser realizado em 36 meses. Em julho de 2021 foram realizadas as primeiras contratações de pessoal e compras de materiais e insumos para realização do projeto. 

Panorama da variação genética somática do câncer de próstata na população brasileira: identificação de potenciais biomarcadores

Em qualquer situação, identificar potenciais marcadores de câncer é um ativo altamente aplicado nas fases iniciais do tratamento. Este é o objetivo do estudo, que finalizou a fase de captação de recursos com êxito, alcançando o valor estimado no planejamento: R$ 5.816.759,76 (cinco milhões, oitocentos e dezesseis mil, setecentos e cinquenta e nove reais e setenta e seis centavos), para um prazo de execução previsto de 36 meses.

Educação

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) revisa, a cada três anos, as projeções nos números estimados de câncer no Brasil. Os dados mostram um crescimento na incidência da doença em nosso país, o que chama atenção para a necessidade de unirmos forças nas ações de prevenção e de estarmos preparados não apenas com os aparatos tecnológicos, mas, especialmente, com recursos humanos capacitados. O Brasil precisa, desde já, de profissionais bem formados para fazer frente aos desafios de diagnosticar e cuidar das pessoas com câncer. 

Atenta a esse cenário, a Fundação do Câncer apontou como caminho estratégico ações em educação e capacitação, a partir do histórico de sucesso dos cursos de mestrado profissionalizante, capacitação e atualização, principalmente, na área de radioterapia, via Pronon, promovidos recentemente. 

Após o levantamento de demandas e necessidades de capacitação onde a Fundação poderia apoiar, surgiu o projeto “Educação para o Controle do Câncer”, que visa oferecer cursos desde pós-graduações “padrão-ouro” – com carga horária equivalente à de uma residência médica –, passando por cursos livres e preparatórios.

Para o desenvolvimento e realização dos cursos, a Fundação do Câncer firmou parceria com a Afya Educacional, maior grupo de educação médica do Brasil. A pós-graduação em Oncologia com área de concentração em Radioterapia de Alta Tecnologia é a primeira da parceria, que irá também oferecer atualização, especialização e preparatórios para provas de título. 

A implantação da primeira turma e desenvolvimento de novas temáticas está no foco da linha de atuação em Educação para os próximos anos.