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Conhecimento Científico

Os projetos, ações e parcerias que a Fundação do Câncer vem executando ao longo de sua história foram cruciais para que pesquisadores, sociedade e instituições ampliassem o conhecimento científico sobre o câncer e desenvolvessem novas tecnologias, processos e tratamentos para diagnóstico precoce e controle da doença. O trabalho envolve atividades nas áreas de Pesquisas Básica, Clínica e Translacional.

A Fundação tem estimulado o desenvolvimento de projetos de pesquisa com recursos próprios e em parceria com outras instituições nacionais e internacionais. No ano de 2020, apesar de todos os enfrentamentos impostos à saúde pública no mundo, a Fundação se manteve firme em seus propósitos e projetos cumprindo sua missão, desde humanizar a abordagem do tema câncer, até promover efetivas ações e projetos de pesquisa. Estas são algumas das iniciativas no escopo de atividades da Fundação do Câncer.

Pesquisa básica

Entre as atividades da Fundação do Câncer no âmbito da pesquisa estão a criação de condições ideais para o intercâmbio de informações em ciência, saúde e em novas tecnologias entre profissionais de diversas especialidades. Assim, a instituição engajou-se na implantação do Programa Interinstitucional de Ensino, Pesquisa e Extensão em Biologia do Câncer na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), há mais de 20 anos. O Programa de Oncobiologia, como é mais conhecido, teve sua base estruturada no espírito empreendedor do Dr. Marcos Moraes, que esteve ao lado da Dra. Vivian Rumjaneck, criadora do Programa, desde o começo, em 2000.

Seus objetivos são formar recursos humanos em todos os níveis para pesquisa na área, receber profissionais da área assistencial e unir forças em prol de ações de pesquisa e desenvolvimento em oncologia. O Programa pretende integrar em torno da temática da pesquisa em câncer estudantes e profissionais de modo que a multidisciplinaridade coopere para ajuda mútua no campo do conhecimento científico.

“A pesquisa é de fundamental importância para o acompanhamento do câncer, os avanços relativos à doença e seu tratamento, bem como à promoção de ações de ensino e pesquisa na área de oncologia. A parceria entre a Fundação do Câncer com o Programa de Oncobiologia busca resultados que possibilitem mais avanços, conforto e evolução em tratamentos, sobrevida e assistência” destaca o diretor executivo da Fundação do Câncer, Dr. Luiz Augusto Maltoni Jr.

O Programa segue ao longo de duas décadas cumprindo uma programação com diversas ações relacionadas ao estudo do câncer em seus cinco núcleos de atuação, com reuniões mensais entre os integrantes do Programa, simpósios anuais abertos para diferentes profissionais, cursos de extensão, cursos práticos e à distância.

Programa de Oncobiologia em meio à pandemia: adaptação para seguir em frente

A chegada da pandemia de Covid-19, que tornou crucial o isolamento social, fez com que a Fundação do Câncer e seus parceiros também necessitassem se adaptar. As ações do programa de Oncobiologia, sediado na UFRJ, na Ilha do Fundão, e que englobam pesquisadores de instituições do Estado do Rio de Janeiro, passaram a ser remotas. 

Em maio, após 20 anos de existência, foi realizado o Seminário de Oncobiologia de forma virtual e com público recorde, triplicando o seu número de participantes, se comparado com a média da audiência dos seminários presenciais mensais, realizados ao longo de 2019. “O importante é que as ações foram mantidas, os projetos seguiram e nossas iniciativas permanecem fortes e efetivas”, destaca Luiz Augusto Maltoni, diretor-executivo da Fundação do Câncer.

Entre os temas debatidos nos 14 encontros virtuais estiveram: Neoplasias mieloproliferativas; Pesquisa Clínica em Oncologia: um desafio ainda maior durante a pandemia; Covid-19 e Câncer: o que sabemos e o que precisamos aprender; Diversidade do perfil imunológico no microambiente tumoral: impacto na progressão de tumores e mecanismos moleculares associados à ocorrência de tumores de mama de alta agressividade em mulheres ocupacionalmente expostas a pesticidas.

Pronon

O Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) foi instituído pela Lei 12.715/12, possibilitando que empresas tributadas pelo lucro real e pessoas físicas optantes pelo modelo de declaração completa destinem até 1% do seu Imposto de Renda para projetos de entidades filantrópicas na área oncológica. Sua criação foi promovida pelo Dr. Marcos Moraes, que defendia a tese de que o Brasil precisava criar dispositivos para financiar a área da Oncologia.

Moraes falou sobre o tema quando recebeu o Prêmio Octávio Frias de Oliveira das mãos do então vice-presidente da República, José Alencar. “Seria uma Lei Rouanet da Saúde. O governo concederia incentivos para que as pessoas e as empresas investissem em hospitais públicos e filantrópicos”, afirmou à época.

A confiança e a expertise da Fundação do Câncer na elaboração de projetos de pesquisa foram mais uma vez reconhecidas por meio da aprovação de outros projetos pelo Pronon, como o “Estudo piloto para avaliação de segurança e eficácia da terapia de linfócitos T modificados geneticamente com Receptores Quiméricos de Antígenos (CARs) anti CD19 para o tratamento de leucemia e linfomas”, que reúne, além da equipe da Fundação, pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Nacional de Cardiologia (INC).

“É mais uma grande vitória para a Fundação. Esse projeto nos coloca no estado da arte da pesquisa em tratamento de câncer”, destaca o consultor médico, Dr. Alfredo Scaff, sobre o estudo aprovado por meio da Portaria 1.199, de 22 de novembro de 2019. Pouco tempo depois, com a captação realizada, eclodiu a crise mundial da Covid-19 e os esforços do Ministério da Saúde se concentraram nesta pauta. O projeto seguiu com as diligências e outras verificações e cumprimentos de etapas ao longo de 2020, sendo preparado para implantação a partir de 2021.

Pesquisa Clínica

Centenas de projetos em 30 anos de atuação efetiva

A Fundação do Câncer completa, em 2021, seus 30 anos. E nasceu com a missão de apoiar as iniciativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) voltadas para melhorias relacionadas às políticas de educação, controle da doença e oferta de assistência e formação de qualidade.  Desde o começo, teve um papel determinante no desenvolvimento da área de pesquisa, com uma atuação séria e dedicada para a sua viabilização e implementação. A parceria abrange atividades nas áreas de Pesquisas Básicas e Translacionais e Protocolos de Pesquisa, com papéis bem delimitados e harmônicos, o que permitiu que, ao longo dos anos, importantes estudos e avanços fossem realizados.

Ao Instituto, que é idealizador do programa de pesquisa, cabe a execução e aplicação dos procedimentos definidos nos protocolos de pesquisa. Já a atuação da Fundação do Câncer sempre foi decisiva para a aquisição dos equipamentos e insumos necessários para a implementação e manutenção das pesquisas.

A Fundação viabilizou a alocação de pesquisadores qualificados, cuidando ainda da gestão administrativa, financeira e de logística dos projetos de pesquisa básica e aplicada, incluindo a negociação e realização de compras de materiais e contratação de serviços necessários ao funcionamento e manutenção das ações.

Projetos de pesquisa, gestão de logística e administração de ações relacionadas à pesquisa e suporte social foram ações realizadas em 2020.