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Regendo um grande elenco de solidariedade

Sob a batuta da Fundação do Câncer, responsável pela gestão operacional, Redome supera a marca de 5 milhões de doadores de medula óssea cadastrados em 2019.

No mundo, a cada 35 segundos uma pessoa descobre que tem câncer no sangue e necessita fazer um transplante de medula óssea. No Brasil, em 2020, são esperados 5.920 casos novos de leucemia em homens e 4.890 em mulheres. Todos vão precisar encontrar um doador compatível. Para essas pessoas, a doação de células-tronco de um doador não aparentado é a única chance de recuperação. Neste capítulo, você terá acesso a gráficos e vídeo sobre o programa Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) e, ainda, ao mapa dos Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BrasilCord), que foram implementados pela Fundação do Câncer nas cinco regiões do Brasil com recursos do BNDES.

Células Tronco Hematopoéticas que viajaram do Brasil para o mundo

 IL – Infusão de Linfócitos; MO – Medula Óssea; SP – Sangue Periférico.

A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, é onde são produzidas as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas, responsáveis pelo transporte do oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo, além da defesa de infecções e outras funções. O transplante é o tratamento indicado para doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e linfomas e pode ser realizado com células-tronco da medula óssea, do sangue do cordão umbilical e da placenta. A substituição da medula doente por uma saudável é indicada, ainda, para cura de cerca de 80 outras doenças.

Em 2019, alcançamos mais de cinco milhões de doadores cadastrados no Redome. Na outra ponta, 1.720 pacientes estão cadastrados no Rereme (Registro Brasileiro de Receptores de Medula Óssea) para receber uma medula saudável. Ao todo, a busca e o cruzamento de dados de doadores e receptores cadastrados nos dois programas resultaram em 411 transplantes realizados ao longo do ano.

Saiba quais são os passos que você precisa dar para salvar uma vida. Assista aqui como fazer.

Tudo isso não seria possível sem um moderno sistema de informações, infraestrutura e logística, responsável pela busca, coleta e transporte de células-tronco que mantêm a produção dos diversos tipos de células sanguíneas – chamadas de hematopoéticas. Essa estrutura que respeita a Lei Geral de Proteção de Dados, e está hospedada e protegida em uma estrutura de servidores remotos na “nuvem” que atende ao Programa. Contamos, ainda, com o serviço de help desk de apoio aos usuários, que atende a cerca de 2 mil chamadas por ano.

 

Redome em Números

milhões de doadores: marca superada em 2019

novos doadores voluntários cadastrados

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de crescimento da base

Transplantes realizados

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de crescimento no número de transplantes realizados

envios de células tronco hematopoéticas para doadores no exterior

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de aumento na exportação de CTPHs em relação a 2018

Enquanto de um lado o Redome recebe as doações e o Rereme registra os dados de quem precisa de um transplante, a Rede BrasilCord, que em 2019 completou 15 anos de existência, armazena o sangue do cordão umbilical de recém-nascidos em gestações saudáveis, e que foram doados pelos pais. Esse sangue é rico em células-tronco, que são elementos essenciais para o transplante de medula óssea.

Quando os pais doam sangue do cordão umbilical a um banco público, estão apoiando pacientes que procuram um doador alogênico não relacionado.

Saiba como doar sangue de cordão umbilical.

A expansão da rede pública de bancos de sangue traz benefícios para os pacientes que aguardam um transplante: deslocamento menor até o Centro de Processamento Celular (CPC) mais próximo de sua região, facilidade para formação de banco com maior diversidade genética e, como consequência, aumento da compatibilidade genética e disponibilidade imediata para transplantar, entre outros.

As amostras doadas voluntariamente ficam guardadas em um dos 15 bancos já em funcionamento, que têm capacidade para armazenar até 75 mil bolsas, e estão espalhados por todo o território nacional.  No segundo semestre de 2020, o 16° CPC iniciará suas atividades em Campo Grande (MS).

Paula Serafin, chefe da Gestão da Pesquisa e Inovação Tecnológica Humap/UFMS, explica a importância da implantação do novo Centro em Campo Grande (MS): “Em nosso estado não havia nenhum banco público de sangue de cordão umbilical e de células-tronco hematopoéticas. Para um paciente realizar transplante, precisava viajar mais de 600 km até o banco mais próximo em Bauru (SP). O novo Centro de Processamento Celular (CPC) vai possibilitar a realização de transplantes em Campo Grande. O diferencial é a criação de um biobanco genético, com valorização da variabilidade genética de doadores da região, com suas etnias indígenas e a miscigenação com seus vizinhos paraguaios e bolivianos. Isso aumenta as chances de compatibilidade entre doadores e pessoas aguardando um transplante”.