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Quem ejacula mais tem menos doenças da próstata

R: Verdade! Vários estudos demonstram que o homem que ejacula com maior frequência tem menos doenças da próstata, inclusive o câncer. A possível explicação para isso seria o fato de que a próstata é responsável pela produção da maior parte do sêmen (líquido ejaculado). Quando ocorre a ejaculação, as secreções prostáticas são liberadas e renovadas, gerando condições favoráveis para a manutenção da saúde das células.

Claro que outros fatores podem estar envolvidos nessa afirmação, como o fato de que o homem que ejacula mais pode ser mais ativo, menos estressado, se alimentar melhor, etc. Mas atualmente, dada a quantidade de informação que confirma essa relação, os médicos acreditam que a maior frequência ejaculatória protege a próstata.

Vasectomia causa câncer.

R: Mito! No passado, essa era uma preocupação que inclusive afastava os homens da cirurgia esterilizadora. Hoje, após muitas avaliações robustas e estudos epidemiológicos, nenhuma relação entre vasectomia e câncer foi encontrada. Além disso, como a vasectomia interrompe apenas a passagem dos espermatozoides produzidos nos testículos para a uretra (canal onde serão ejaculados), nenhum prejuízo para a saúde do home foi identificado.

O ponto principal é considerar que é um método definitivo (causa esterilidade) e que envolve uma cirurgia. Portanto é seguro, mas merece considerações e os cuidados necessários para um procedimento desse porte.

Tomate previne câncer da próstata.

R: Mito! Ainda não existem evidências fortes o suficiente para afirmar isso. Estudos de menor impacto, no passado, sugeriam que vários componentes da dieta dita mediterrânea teriam capacidade de reduzir o risco de câncer da próstata. Nenhum estudo clínico robusto comprovou essa capacidade. Devemos lembrar que o câncer de próstata tem fatores genéticos e variáveis ainda não completamente conhecidas, que dificultam conclusões envolvendo a prevenção.

Atualmente, os médicos afirmam que adotar hábitos saudáveis, principalmente atividade física regular e controlar o peso, conseguem reduzir o risco de desenvolvimento de câncer de próstata.

O câncer de próstata é uma doença do idoso.

R: Mito! O câncer da próstata pode ocorrer no homem em qualquer idade. Ele é mais comum após os 45 anos de idade. Exatamente por isso, campanhas como o Novembro Azul visam alertar o público masculino a procurarem avaliação médica mesmo que não estejam sentindo nada. Homens negros e aqueles com histórico familiar de câncer de próstata ou de mama, devem iniciar o periódico da próstata a partir de 40 anos. Os demais podem iniciar aos 45 ou 50 anos e isso deve ser decidido em conjunto com o médico assistente.

A alimentação interfere nas chances de desenvolver a doença.

R: Verdade! Hábitos de vida saudáveis, aqueles que melhoram a eficiência do seu sistema imunológico, ajudam a controlar as células cancerosas. Lembre-se que o sistema de defesa é uma espécie de faxineiro que elimina as células defeituosas evitando que se desenvolvam fora do controle do organismo. No caso específico dos tumores da próstata, sabe-se que uma alimentação rica em gorduras favorece o aparecimento e crescimento do câncer. Portanto, adote hábitos saudáveis: alimente-se com equilíbrio e pratique atividade física regularmente. Controle seu peso, evite fumar e beber em excesso.

Muita atividade sexual pode aumentar as chances de câncer de próstata.

R: Mito! Exatamente o contrário. Foi demonstrado em estudos desenhados arpa responder a uma dúvida antiga: será que o número de ejaculações mensais interfere na chance de desenvolver câncer da próstata? E a resposta foi positiva. No grupo com mais de 20 ejaculações por mês houve significativa redução nos casos de câncer em comparação com o grupo controle.

Há algum tempo já se sabia que algumas doenças da próstata são mais raras ou evoluem de forma mais amena quando o homem mantém uma frequência ejaculatória maior. É o caso, por exemplo, da hiperplasia prostática benigna, cujos sintomas de dificuldade de urinar são aliviados pela ejaculação. Isso faz sentido na medida em que 90% do material ejaculado vêm das glândulas prostáticas.

Homens de raça negra têm mais chance de ter câncer de próstata.

R: Verdade! Homens de raça negra tem maior risco de desenvolver câncer da próstata e quando isso ocorre os tumores costumam ser mais agressivos. A explicação atualmente aceita para isso é que os negros possuem maior sensibilidade androgênica, ou seja, maior ação decorrente da interação entre a testosterona e seu receptor. Como os tumores de próstata, em sua maioria, são hormônio dependentes na fase inicial, esse ambiente mais sensível a testosterona poderia ser a explicação para predisposição. Exatamente por isso, os homens de raça negra são orientados a iniciar seus exames periódicos a partir de 40 anos de idade.

Quem opera a próstata fica impotente.

R: Mito! Existem diferentes doenças na próstata: câncer, hiperplasia e prostatites. Cada situação merece um tratamento diferente. Quando a melhor opção é a cirurgia (nem sempre essa é a primeira ou a melhor opção), precisamos destacar que existem diferentes tipos de procedimentos na próstata.

Para tratar o câncer da próstata, o cirurgião retira toda a glândula, junto com as vesículas semanais e os gânglios vizinhos. O objetivo do médico é curar o paciente de um câncer, não podendo restar células da próstata nesta região e por isso a cirurgia é chamada radical.

Nesse procedimento oncológico, o risco de impotência ou disfunção erétil existe, e o médico costuma ao paciente. Algum grau de comprometimento da ereção ocorre em cerca de 70% dos homens.

Os principais fatores no pré operatório que determinam o prognóstico quanto a recuperação da ereção são: idade, presença de comorbidades (outras doenças) e qualidade da ereção antes de operar. Entretanto, o medo de ficar impotente não deve afastar o homem do diagnóstico precoce e muito menos do tratamento, pois sempre existe tratamento para essa disfunção sexual pós prostatectomia.

No crescimento benigno, por outro lado, quando ele dificulta o esvaziamento da bexiga (chamado de HPB), a primeira linha de tratamento envolve mudanças de hábitos e medicação oral (vários medicamentos foram lançados com esse objetivo). Quando esse método não apresenta o resultado esperado ou o paciente não se adapta a medicação, a cirurgia pode ser necessária, sendo um procedimento diferente do realizado em caso de câncer. O objetivo nesse caso, é abrir caminho para a urina passar com mais facilidade. O cirurgião pode optar entre a raspagem por dentro do canal (conhecida como RTU) ou a enucleação do adenomas prostáticos (parte interna da próstata que esta comprimindo o canal). As cirurgias para tratar a hiperplasia benigna da próstata (HPB) raramente provocam algum impacto negativo na ereção. Pelo contrário, podem inclusive ajudar a parte sexual na medida em que o tratamento cirúrgico alivia os sintomas urinários.

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